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Agricultores na Huíla vêm oportunidade na crise financeira


Reduções de importações poderão servir para aumentar produção agrícola local

Agricultores na província da Huíla vêm uma oportunidade para o sector na decisão do Governo angolano de restringir as importações para conter gastos orçamentais.

As reduções em produtos alimentares e outros visam poupar divisas ao Estado que faz face a uma crise orçamental devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional.

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O apelo para a necessidade de diversificação da economia face a crise começa a encontrar eco na província da Huíla.

No município da Matala, no leste da província, está a cooperativa agrícola 1º de Maio, uma das maiores da região que explora o perímetro irrigado do município com 42 quilómetros de extensão.

O seu presidente Victor Fernandes, que defende mais incentivos ao sector agrícola, acredita que face às circunstâncias actuais é preciso uma maior aposta ao campo.“ Não é só do petróleo que temos de nos alimentar”, disse.

O país está a entrar numa situação em que é preciso fazer-se agricultura, apostar na agricultura para haver auto-suficiência alimentar”, acrescentou.

A cooperativa 1º de Maio explora cerca de 450 hectares de terras e reúne mais de 100 associados.

Víctor Fernandes projecta a intensificação da produção do milho para aliar aos demais produtos trabalhados na região.

“Nós estamos apostados em redobrar a reprodução, pensando no milho que faz parte da dieta do angolano, depois temos a batata”, explicou.

Ainda no âmbito da diversificação da economia o sector agrícola espera tirar um melhor proveito das barragens hidro-agrícolas para as culturas e a prática da pesca artesanal.

O director provincial da agricultura, Lutero Campos, vê nos perímetros irrigados parte do futuro da diversificação da economia.

“Temos que ter uma maior interacção dos perímetros irrigados, quer dizer que temos que pensar que o futuro da própria actividade agrícola há de estar nos perímetros irrigados”, adiantou Campos, para quem a reabilitação de barragens e de outros empreendimentos hidro-agrícolas poderá servir para “que se possa juntar a agricultura à aquicultura como uma das grandes actividades económicas”.

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