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África preocupada com o tráfico ilegal de fauna e flora selvagens


Ambientalista moçambicano adverte: “não basta basta definir, é preciso implementar”.

Amâncio Miguel

Líderes africanos querem travar o comércio ilegal da vida selvagem e para tal deverão concluir amanhã a proposta da estratégia e primeiro plano continental de acção de combate em Brazaville, no Congo.

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Na abertura da reunião, o director executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Achim Steiner disse que uma estratégia criada pela União Africana e focalizada nas necessidades do continente era “um passo extremamente importante”.

Steiner afirmou também que a implementação do plano vai exigir o empenho total dos países, leis adequadas e prestação de contas para responder aos problemas.

Para o moçaambicano Carlos Lopes Pereira, director técnico da Wildlife Conservation Society, “esta pode ser mais uma reunião”, salvo se forem tomadas em consideração as recomendações de anteriores encontros similares, como o de Kasane, no Botswana, realizado em Março deste ano.

Entre as acções definidas no encontro, diz Pereira, consta a erradicação do mercado de produtos ilegais da fauna, assegurar a penalização e desencorajar o tráfico illegal, reforçar a fiscalização e criar mecanismos de desenvolvimento e bem-estar das populações que vivem nas áreas de conservação.

Especialistas dizem que em África os prejuízos dos crimes ambientais contra a fauna e a flora, que incluem a extracção de madeira, a caça ilegal e o tráfico de vários animais, atingem muitos milhões de dólares.

Tais crimes colocam em risco a biodiversidade e subsistência de milhares de pessoas, criam insegurança alimentar, conflitos e alimentam a corrupção.

Carlos Pereira adverte que “não basta basta definir. É preciso implementar”.

A estratégia e plano resultantes da Conferência Internacional sobre o Comércio Ilegal de Fauna e Flora Selvagens serão submetidas à Cimeira dos Chefes de Estado da União Africana, na África do Sul, em Junho deste ano.

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