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A Opção Africana de Sarkozy


Mudar o centro de gravidade destas cimeiras do aspecto meramente diplomático para questões de comércio bilateral

A 25 º Cimeira África-França arrancou com um acesso debate sobre as reformas do Conselho de Segurança. O presidente Nicolas Sarkozy é o anfitrião deste encontro que reúne, em Nice, perto de 40 chefes de Estado africanos.
Foram convidados para este evento mais de 200 empresários franceses e africanos, como parte de uma iniciativa de Sarkozy de mudar o centro de gravidade destas cimeiras do aspecto meramente diplomático para questões de comércio bilateral e de desenvolvimento económico.
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, qualificou de vivo, longo e animado o debate sobre o Conselho de Segurança, frisando que a França quer que África esteja representada em todas as instituições internacionais, incluindo a ONU.
Os países africanos concordaram, em 2005, pressionar para que o continente obtivesse dois lugares permanentes quando o Conselho de Segurança for alargado. Desta feita, Kouchner admitiu ser mais realista pedir um assento permanente naquele órgão da ONU.
A China, a Grã-Bretanha, a França, a Rússia e os EUA são os cinco membros permanentes do Conselho. Os países africanos têm argumentado a favor de uma maior representatividade dado que o continente constitui 27 por cento dos Estados membros da ONU.
O presidente Armando Guebuza, de Moçambique, encontra-se em Nice desde domingo. Num breve contacto com a imprensa moçambicana, minutos após a sua chegada, Guebuza disse acreditar que o evento constitui uma oportunidade para apresentar as preocupações do governo moçambicano.
A agenda de Guebuza também incluiu um encontro com empresários franceses,que teve lugar na manhã de segunda-feira e, horas mais tarde, estava previsto um outro encontro com o seu homólogo francês e anfitrião, Nicolas Sarkozy.
Guebuza faz-se acompanhar pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Indústria e Comércio, Oldemiro Baloi e António Fernando, respectivamente; pelo vice-ministro das Finanças, Pedro Couto.
Refira-se que esta cimeira reveste-se de uma importância especial para muitos países africanos, pois coincide com a celebração do 50o aniversário da sua independência do jugo colonial.
Entretanto, a Ana Guedes entrevistou o jornalista Rui Neuman, sobre as perspectivas que se abre para esta cimeira franco-africana.

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