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África do Sul assinala primeiro aniversário da morte de Mandela


Nelson Mandela morreu no dia 5 de Dezembro do ano passado com 95 anos, vitima de prolongada doença, em sua casa na cidade de Joanesburgo.

Assinala-se a 5 de Dezembro o primeiro aniversário da morte do ícone sul-africano da luta contra a segregação racial, Nelson Mandela.

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O Governo sul-africano e a Fundação Nelson Mandela vão realizar diversas actividades em quase toda a Africa do Sul em memória de Tata Madiba, como era carinhosamente tratado pelos sul-africanos. Mas o Presidente Jacob Zuma está fora do país em visita de trabalho à China.

Nelson Mandela morreu no dia 5 de Dezembro do ano passado com 95 anos, vitima de prolongada doença, em sua casa na cidade de Joanesburgo.

Os sul-africanos e o mundo em geral ficaram chocados com a morte do ícone da luta contra o apartheid e considerado pai da democracia multi-racial da África do Sul. Entretanto, quase todos consideram que o legado de Nelson Mandela jamais será esquecido dentro e fora do país.

"Depois de um ano do desaparecimento físico de Mandela, não me parece tenham desaparecido os pontos de vista de Nelson Mandela e a sua presença como mentor moral e quase teológico do comportamento dos sul-africanos", disse António Ramos, jornalista há 30 anos e correspondente do Jornal Noticias, de Portugal, em Joanesburgo.

Ramos considera que é uma ilusão pensar que isto pode ter desaparecido nas camadas populares e das organizações da sociedade civil." A juventude, nas suas organizações desportivas, faz sempre referência a Nelson Mandela, as organizações não-governamentais e os sindicatos falam sempre em Nelson Mandela. Isto deve-se à personalidade que conseguiu abranger transversalmente em todas as comunidades e sensibilidades. Basta lembrar que o Presidente Barack Obama veio para Africa do Sul e cumprimentou Raul Castro (de Cuba) no Soweto, o que mostra bem que Nelson Mandela influenciou as lideranças mundiais no respeito pela integridade física das pessoas, dos países, dos pensamentos e do olhar politico", explica.

Daniel Muralha é radialista reformado, nasceu e cresceu na cidade da Beira, em Moçambique, mas vive na África do Sul há 52 anos.

Muralha afirmou que Nelson Mandela foi o percursor do novo sistema democrático, no qual ele próprio defendia a ideia de que o país é para todos. "Eu só posso partir do princípio de que brancos e pessoas de todas as cores e credos na Africa do Sul, chamado país arco-iris, fazem parte integral deste país", diz.

Quase todos os locais associados à figura de Nelson Mandela tem registado grande movimento de turistas nacionais e estrangeiros interessados em aprofundarem seus conhecimentos sobre a vida e obra do primeiro presidente negro da Africa do Sul, que ficou 27 anos na cadeia antes de chegar ao poder, por se opor ao então regime de segregação racial.

Familiares, amigos, membros do Governo e do ANC e outros políticos vão colocar coroas de flores na campa de Mandela na aldeia de Qunu, província do Cabo Oriental.

Segundo a imprensa sul-africana, esta poderá ser a primeira oportunidade que a viúva Graça Machel e Winnie Madikizela-Mandela vão se avistar depois do funeral do antigo marido.

A imponente estátua de Mandela erguida no jardim da sede do Governo sul-africano em Pretoria tem atraído muita gente para ver e tirar fotos para a posteridade.

O local transformou-se numa oportunidade de negócio para fotógrafos, em que uma foto instantânea que pode ser obtida em dois minutos custa 20 rands, cerca de dois dólares americanos.

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