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África Austral: Leões vivem em condições precárias


A morte de Cecil, famoso leão do Zimbabwe, domina a celebração do Dia Mundial do Leão, 10 de Agosto, mas outros defensores dos direitos dos animais aproveitam a ocasião para denunciar as precárias condições que os leões enfrentam em parques frequentados por turistas na África Austral.

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Cecil foi morto em Julho por um caçador americano em gozo de férias no Zimbabwe. O incidente deu espaço a manifestações e debates em todo o mundo.

Até a morte, aos 13 anos, Cecil vivia livremente no Parque de Hwange, no Zimbabwe, e tinha oito filhotes.

Mas esse tipo de vida não é normal na vizinha África do Sul. A organização mundial de protecção de animais, um grupo de advocacia baseado em Londres, diz que dois terços dos 5,800 leões na África do Sul vivem em cativeiro.

Os leões nessa condição vivem miseravelmente, diz Kate Nustedt, que gere a unidade de vida selvagem naquela organização.

A organização diz ter documentado práticas cruéis nalguns locais. As crias são cedo retiradas das leoas e são punidas. São mantidas em pequenas jaulas, mal alimentadas e a constante interacção com os homens é perturbadora.

Segundo Nustedt, “os leões são mantidos em cativeiro e usados no turismo. Os parques onde as crias são mantidas em cativeiro duplicaram em tamanho nos últimos dez anos. Estes leões são também mortos em circunstâncias como a do Cecil.”

Mas o gestor de um dos maiores parques de leões, em Joanesburgo, diz que nem todos cometem essas atrocidades. Scott Simpson refunta a acusação de que a sua organização vende leões para a caça.

Creio, diz Simpson, que esse argumento poderá ser válido para as organizações que mantem os animais em cativeiro, em jardins zoológicos, parques de leões. “Quando é feito de uma boa forma, os animais são saudáveis e têm um bom aspecto.”

Simpson acrescenta que o seu parque é regularmente auditado.

A organização mundial de protecção de animais é de opinião de que os operadores turísticos deverão desencorajar os parques de animais, os turistas deverão evitar os parques e os governos deverão impor regras.

“Queremos construir um movimento global, porque vimos que muitas pessoas ficaram sensibilizadas com o que aconteceu com Cecil e sabemos que muitos gostam de animais e jamais fariam parte dessas actividades se tivessem conhecimento da cruelidade que acontece nos bastidores,” diz Nustedt.

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