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Acordo nuclear com Irão vai pode facilitar as negociações de paz na Síria


Presidente Obama disse que acordo obtido entre o Irão e os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha vai restringir o programa nuclear iraniano e pôr fim a pretensão desse país em adquirir a bomba nuclear.

O presidente Barack Obama disse que o acordo obtido no domingo entre o Irão e os 5 membros permanentes do conselho de Segurança da ONU e Alemanha, vai restringir o programa nuclear iraniano e por fim a pretensão desse país em adquirir a bomba nuclear em troca do alívio de sanções internacionais.

O presidente Obama disse que o acordo suspende pela primeira vez em quase uma década, o programa nuclear do Irão, assim como reduz importantes componentes desse programa, criando assim uma nova fase para negociações.

O presidente americano adianta que a eleição do presidente iraniano Hassan Rouhani este ano criou uma abertura para a ofensiva diplomática que procuravam os Estados Unidos da América e os seus parceiros.

“Hoje, a diplomacia abriu um novo caminho para um mundo que é mais seguro – um futuro em que podemos verificar que o programa nuclear do Irão é pacífico, e que o país não pode construir arma nuclear.”

Um comunicado detalhado da Casa Branca especificou o que vai acontecer na primeira fase do processo, incluindo o compromisso em suspender o enriquecimento do uranio a 5 por cento e desactivar as suas varetas de uranio enriquecido a 20 porcento.

Adianta ainda o comunicado que o Irão concordou em não instalar mais centrifugadoras, incluindo as de nova-geração que faziam parte das preocupações da comunidade internacional.

O Secretário de Estado John Kerry diz que o mandato obtido nessas negociações vai ser rigoroso no processo de acompanhamento.

“Isso não é baseado na confiança. É baseado na verificação. É baseado na nossa capacidade em saber o que está a acontecer. Você não tem que ter confiança em alguém com quem negoceia. Tem é que ter um mecanismo que permita saber o que está a obter e o que eles estão exactamente a fazer.”

Em reação a esse acordo o primeiro-ministro israelita foi crítico e pessimista. Benjamin Netanyahu descreve-o como um “erro histórico.”

Uma coisa parece ser no entanto certa. O acordo obtido com o Irão poderá ajudar a facilitar as conversações de paz para o fim da guerra civil na Síria. O Irão é o principal apoiante do regime sírio contra os seus opositores, e já tornou claro a sua intenção em influenciar no bom sentido as planeadas conversações de paz em Genebra.

O vice-ministro dos negócios estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian disse que não haverá a exclusão do Irão no processo.

“Sem dúvida que a República Islâmica do Irão vai jogar um papel activo e construtivo na solução política do problema sírio.”

Os apoios militares do Irão ao regime de Bashar al-Assad na Síria, ajudam o país a manter a sua influência regional e a assegurar o abastecimento logístico ao grupo militante libanês Hezbollah, ao mesmo tempo que vai mantendo os seus inimigos sunitas fora do equilíbrio das forças.

O Secretário de Estado John Kerry e o seu homólogo britânico William Hague estão a trabalhar para preparar uma transição política na Síria de forma a parar com a guerra.

Responsáveis americanos e russo reúnem-se igualmente esta Segunda-feira em Genebra para preparar as conversações de paz, que também incluem uma resposta aos custos humanitários da guerra. Segundo estimativas mais de dois milhões de refugiados da guerra na Síria estão a precisar de ajuda urgente.
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