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Integração regional e melhores infra-estruturas


Os ministros das finanças africanos dizem ser necessária uma maior integração regional e melhores infra-estruturas para que África possa desempenhar um maior papel na economia mundial. Abdoulaye Diop do Senegal disse aos jornalistas que África deveria ter mais influência dentro do FMI, uma vez que as 44 nações africanas apenas representam 4.4% dos votos na tomada de decisões.

Diop lamentou que países favorecidos como o Iraque e o Afeganistão recebem, injustamente, tratamento preferencial por parte do FMI. Ele sugeriu que a África sub-saariana, confrontada com uma crise de saúde sem precedente, deveria receber tratamento semelhante ao recebido por aqueles dois países.

Abdoulaye Diop queixou-se, também, da relativa morosidade na implementação da Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano, ou NEPAD, lançada com tanta publicidade já lá vão três anos.

De acordo com este representante africano, o NEPAD precisa dispor de uma maior equipa profissional e mais recursos dos países ricos. A parceria, largamente desenvolvida pela África do Sul, é vista como o primeiro programa de assistência multi-lateral desenvolvido por africanos.

Timothy Thahane, ministro das finanças do Lesoto, afirmou no encontro do FMI que apesar dos países africanos estarem a registar os mais elevados índices de crescimento, na última década, o recente retrocesso nas garantias de acesso aos mercados europeu e americano para os têxteis africanos está a causar problemas.

“Estamos a enfrentar o desafio da transição, considera Thahane para quem é crítico o acesso dos produtos africanos aos mercados da Europa e da América, bem como é também, crítico a identificação de novos produtos de África.

Segundo o ministro das finanças do Lesoto, a taxa de emprego no sector têxtil do seu país aumentou 400% nos últimos anos. O sistema global das preferências para os países pobres terminou em Janeiro, e a China, cujos custos de produção são extremamente baixos, aproveitou e agarrou grande parte do mercado perdido pelas nações pobres.

Os africanos deram apoio a várias propostas que circulam para o perdão da dívida externa. A Grã-Bretanha, anfitrião de uma cimeira económica em Julho, está a procurar mobilizar apoio para o seu plano de duplicar o fluxo de assistência ao desenvolvimento a África.

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