João Paulo II foi o primeiro Papa não-italiano em mais de 450 anos. Ascendeu ao Papado num momento de profundas mudanças no mundo. Combateu o totalitarismo com gentileza e humildade e com um apelo para aqueles que ansiavam pela liberdade: “Não tenham medo”.
Zbigniew Brzezinski, outro filho da Polónia, conhecia bem o Papa. Brzezinski, antigo conselheiro para a Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, afirmou num programa televisivo americano que quando o Papa atravessou a Cortina de Ferro, na sua primeira visita a sua Polónia natal em 1979, ela teve um enorme impacto político.
“O Papa numa atitude muito directa, numa atitude muito simples porque não era uma pessoa pretensiosa, transmitiu uma enorme convicção, muita fé e tanta esperança que foi contagiante. E isso acidentalmente deu-lhe um poder político sem ele fazer política.”
O antigo presidente soviético Mikhail Gorbachev disse que a defesa dos direitos humanos do Papa ajudou a Europa de Leste a levantar-se contra o regime comunista. Gorbachev chamou ao Papa o líder humanista numero um do mundo.
“A pobreza, o combate à pobreza, os apelos para ajudar os pobres, para educar as crianças e para preservarem as suas culturas. Penso que o seu profundo humanismo transpirou através desses apelos.”
A senadora norte-americana Hillary Clinton, que se encontrou com o Papa quando antiga Primeira Dama, afirmou que a sua capacidade para perdoar e rezar pelo homem que tentou assassina-lo em 1981, mostra a extraordinária humanidade do Papa.
“A sua força em tentar impulsionar as pessoas a procurarem uma resolução pacifica e a reconciliação como ele próprio fez, será um legado duradouro e espero que um desafio para todos nós, não apenas em publico mas em cada aspecto da vida”
O Papa João Paulo II fez mais de 100 viagens pelo mundo inteiro e foi o primeiro Papa a entrar numa sinagoga e numa mesquita. Difundiu uma mensagem espiritual de tolerância e de paz e falou contra o anti-semitismo e o racismo. O presidente George W. Bush afirmou na segunda-feira que o Papa foi um homem piedoso e portanto foi um homem de paz que mostrou ao mundo que um homem pode fazer a diferença na vida das pessoas.
“Um dos seus grandes legados será a influencia que teve nos jovens. Falou sobre os pobres, falou sobre a moralidade e portanto foi um homem de paz, ele não gostava, ele não gostava da guerra, e eu compreendo plenamente isso.”
O cardeal-arcebispo de Washington, Theodore McCarrick, encontrou-se pela primeira vez com o Papa João Paulo II em 1976.
“As suas das grandes lições penso eu, foram o seu respeito pela vida e o seu respeito pela dignidade da pessoa humana. Em todos os seus escritos em todas as suas conversas a vida e importante, a vida e a dignidade humana devem ser respeitadas.”
O Papa João Paulo II levou o papado as pessoas. E agora as pessoas acabam de prestar as suas ultimas homenagens ao homem que foi o duocentesimo-sexagesimo-quarto chefe da Igreja Católica Romana. O seu corpo foi hoje a enterrar nos subterrâneo da Basílica de São Pedro, onde se encontram os restos mortais dos seus antecessores.