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Sufrágio nem livre nem honesto  - 2005-04-06


Os responsáveis reservam a avaliação sobre o facto do sufrágio no Zimbabwe não ter sido nem livre nem honesto tendo em consideração os comentários geralmente favoráveis por parte dos observadores da região.

Uma missão da SADC, divulgou um comunicado onde refere que a eleição foi pacifica e credível, embora manifeste preocupação sobre os cidadãos que não foram aceites nas urnas por uma multiplicidade de razoes. A equipa de observadores da África do Sul manifestou apoio ao processo, embora o Movimento para a Mudança Democrática – que sofreu um forte revés no sufrágio – sustente que continua a receber provas de alegadas irregularidades.

O porta voz do departamento de Estado, Richard Boucher afirmou que os Estados Unidos concordam com o ponto de vista da SADC de que na maior parte o sufrágio foi pacifico, mas referiu que as entidades dos Estados Unidos estão desapontadas pelo que referiu como sendo as provas de fraude. Boucher reiterou a acusação dos Estados Unidos de que cerca de 10 por cento dos potenciais eleitores não foram aceites nas secções de voto, em particular em áreas onde eram vistos como sendo a favor da oposição. Boucher mencionou informações segundo as quais observadores da oposição não foram autorizados, em distritos chave, a presenciar a contagem de votos, e ainda que em alguns distritos o numero dos votos para o Partido do presidente Robert Mugabe, foi superior ao total oficial dos sufrágios.

"Detectamos problemas com esta eleição após o sufrágio. Ainda que a votação tenha sido ordeira, a campanha ficou marcada por restrições aos meios de informação e por uma atmosfera contra a oposição. E ... quando da contagem dos votos parece que os processo foi distorcido. A oposição esta a apresentar uma serie de acusações sobre a existência de uma multiplicidade de fraudes."

Numa declaração divulgada na passada sexta feira, a secretaria de Estado, Condoleezza Rice afirmou, peremptoriamente, que o processo eleitoral não tinha sido nem livre nem honesto, e apelou ao governo de Mugabe para escutar e respeitar as vozes de muitos zimbabuanos que ... referiu ... rejeitam as políticas falhadas e pedem mudança.

Rice apelou às autoridades de Harare para reconhecerem a legitimidade da oposição e para abandonar as políticas destinadas a reprimir, suprimir e abafar as diferenças de expressão no Zimbabwe.

Não existe indicação de que a administração Bush tencione manifestar desagrado sobre o sufrágio adoptando acções punitivas contra o governo de Harare.

Após o que foi considerado, em 2002, como uma votação presidencial fraudulenta, os Estados Unidos juntaram-se a União Europeia na imposição de restrições a vistos e aplicaram sanções económicas contra Mugabe e os seus mais directos associados.

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