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Eleições parlamentares no Zimbabwe - 2005-03-31


Na véspera das eleições parlamentares no Zimbabwe, os Estados Unidos apelaram a uma votação transparente, pacifica e livre de fraude. O Departamento de Estado reconhece que o processo eleitoral tem estado a inclinar-se a favor do partido do presidente Robert Mugabe.

Washington tem entretanto criticado a campanha eleitoral no Zimbabwe, mas não ao extremo da União Europeia que desacreditou por completo o processo e prometeu adoptar medidas enérgicas contra o governo do presidente Mugabe.

Num briefing a imprensa, o porta voz do departamento de estado Adam Ereli admitiu que a campanha pendia para o lado do partido do presidente Mugabe, a Zanu Pf e que a oposição tem estado exposta a uma intensa campanha de intimidação.

Ereli descreveu igualmente a exclusão dos observadores da região, as restrições impostas às mídias na cobertura do processo eleitoral, a desqualificação dos eleitores zimbabweanos no exterior como resultado do controlo efectivo que o partido do presidente Robert Mugabe, a Zanu PF exerce sobre os mídias no país.

Mas apesar dessas situações perturbadoras o porta voz do departamento de estado Adam Ereli, reconheceu que a campanha para as eleições parlamentares tem decorrido de forma pacifica se comparado com processos eleitorais de um passado recente da historia do pais.

Adam Erelei advertiu entretanto que os Estados Unidos não irão avaliar o processo eleitoral no Zimbabwe ate que o mesmo esteja concluído.

“Apelamos ao governo do Zimbabwe para que tome todas as medidas necessárias para assegurar que as eleições sejam pacificas, transparentes e livres de acções intimidatorias e fraude. E a nossa interpretação dos resultados eleitorais não irá depender do que realmente aconteceu ao longo do processo mas da forma como decorre hoje o processo”.

As autoridades em Harare permitiram ontem que 500 observadores, incluindo delegações do governo sul africano e do Congresso Nacional Africano, o ANC no poder da África do Sul acompanhassem a votação, na qualidade de observadores.

Mas a maior parte das organizações que assumiram posições criticas contra o governo do presidente Robert Mugabe nomeadamente a Commonwealth e a União Europeia não foram convidados a monitorizarem o acto eleitoral de hoje.

O governo zimbabweano preferiu por outro lado adoptar uma postura selectiva no que tange aos órgãos de imprensa com direito a credenciais para cobrir o processo eleitoral.

Tanto a Voz da América como a BBC de Londres entre outros mídias viram os seus enviados especiais serem impedidos de cobrirem as eleições parlamentares, isto para alem do governo ter silenciado os órgãos independentes da imprensa local.

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