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Levantei as nossas preocupações - 2005-02-16


Condoleezza Rice encheu de elogios o governo egípcio pelos seus recentes esforços em apoiar a paz no Médio Oriente, incluindo o seu papel de anfitrião na semana passada da cimeira israelo-palestiniana na estancia turística de Sharm el-Sheik.

Mas regressando ao tema abordado pelo presidente Bush no seu discurso sobre o Estado da União, a secretaria de Estado norte-americana disse que o Egipto tem uma oportunidade de ser um grande líder para reformas no Médio Oriente assim como tem sido na questão da paz regional.

Numa conferencia de imprensa com o seu homologo egípcio Ahmed Aboul Gheit ao seu lado, Rice afirmou que tinha levantado o assunto dos direitos humanos incluindo o caso de Ayman Nour, líder de um partido da oposição egípcio, que foi preso no final do mês passado por acusações de fraude que apoiantes seus afirmam terem sido inventadas.

“Levantei as nossas preocupações, as nossas fortes preocupações sobre esse caso. Falei longamente sobre a importância desse assunto para os Estados Unidos, para a administração Americana, para o Congresso Americano, para o povo Americano. E expressei a nossa muito forte esperança de que venha a haver muito brevemente uma solução para o caso.”

A presença de Condoleezza Rice com o seu homologo egípcio perante a imprensa foi a primeira desde a decisão que tomou no final de segunda-feira de chamar a embaixadora dos Estados Unidos na Síria, Margaret Scobey, para sublinhar o ultraje dos Estados Unidos pelo assassínio em Beirute do antigo primeiro-ministro libenas Rafik Hariri.

Como disse anteriormente um porta-voz do Departamento de Estado, Rice afirmou que os Estados Unidos não coloca de parte a responsabilidade da Síria pelo assassínio que, disse, deve ser minuciosamente investigado.

Ao mesmo tempo, afirmou que a continuada presença militar da Síria no Líbano em desafio a uma resolução do Conselho de Segurança patrocinada pelos Estados Unidos em Setembro passado e um factor obvio na instabilidade política no pais.

“Isto faz parte da desestabilização que lá ocorre quando se tem o tipo de condições existentes actualmente no Líbano graças à interferência síria. Por isso estamos unidos com o resto do mundo para que haja uma investigação total sobre o que está a acontecer lá. Mas não há duvida de que as condições criadas pela presença da Síria criaram uma situação desestabilizadora no Líbano.”

Rice afirmou que as relações entre os Estados Unidos e a Síria estão a piorar devido a outros factores, incluindo a utilização de território sírio por elementos que apoiam a insurreição no Iraque.

Condoleezza Rice disse esperar que o governo de Damasco veja a chamada da embaixadora Scobey como um sinal muito forte de que a administração Bush não gosta da direcção das relações sirio-norte-americanas.

A secretaria de Estado afirmou que a administração ira considerar que outras opções ira usar para manifestar o seu desagrado com a situação, citando a Lei de Responsabilidade da Síria aprovada pelo Congresso em 2003.

Em Maio do ano passado, o presidente Bush invocou varias das penalidades inseridas na lei incluindo uma proibição quase total de exportações dos Estados Unidos para a Síria e o congelamento de alguns bens sírios nos Estados Unidos.

Contudo, Bush diferiu sanções mais severas incluindo a redução das relações diplomáticas entre Washington e Damasco. Funcionários do Departamento não informaram quando e que a embaixadora Scobey ira regressar a Damasco, mas disseram que a sua chamada a Washington não constitui um abaixamento permanente dos laços diplomáticos.

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