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Prisão de oito anos  - 2005-02-09


O pedido do Ministério Publico para uma pena de prisão de oito anos para o clérigo muçulmano de linha dura Abu Bakar Bashir ficou muito aquém da pena de morte autorizada pelas leis antiterror da Indonésia.

Bashir, alegado líder do grupo terrorista regional, Jemaah Islamiyah, e acusado de incitar os seus seguidores a levarem a cabo os atentados bombistas na ilha turística de Bali em 2002, que mataram 202 pessoas, e o atentado bombista ao Hotel Marriott em Jacarta em 2003.

A Jemaah Islamiyah esta ligada à rede terrorista da al-Qaida e muitos dos membros do grupo declarados culpados dos dois atentados bombistas foram estudantes na escola dirigida por Bashir.

Os acusadores públicos disseram no tribunal que Bashir era culpado de estar envolvido em actos de terrorismo que custaram à morte de varias pessoas e ferimentos em outras.

Contudo, o Ministério Publico disse haver provas insuficientes para provar que Bashir e os seus apoiantes planearam actos de terror ou incitaram outros se engajarem no terrorismo.

O julgamento do controverso clérigo muçulmano começou em Novembro do ano passado. Um dos advogados de Bashir, Wirawan Adnan, afirmou que a acusação falhou em provar o seu caso e não devia ter pedido uma pena de oito anos de prisão.

“Em primeiro lugar, a minha opinião sobre o caso e que não e realista, e infundado e julgo ser ridículo porque realmente o que aconteceu e que a acusação não pode provar nada. Pensamos que houve provas insuficientes para apoiar tal tipo de acusação.”

A acusação apresentou apenas uma testemunha afirmando que Bashir e o líder da Jemaah Islamiyah. Outras testemunhas falharam em ligar o clérigo de 66 anos com os atentados de Bali ou do Hotel Marriott.

Bashir negou qualquer envolvimento nos atentados bombistas e negou também que fosse o líder da Jemaah Islamiyah.

O clérigo muçulmano foi primeiramente preso e declarado culpado de violações a lei de imigração pouco depois do atentado de Bali e estava na prisão na altura do atentado ao Marriott.

Depois de ter cumprido a sentença original em Abril, foi novamente detido pelo seu alegado envolvimento nos atentados bombistas.

O advogado de Bashir disse julgar que o seu cliente ira passar mais tempo na prisão, mas não os oito anos que o Ministério Publico pediu.

“O que penso é que eles provavelmente irão dar a Abu Bakar Bashir uma sentença mais leve, muito menor do que o Ministério Publico pediu, mas não irão absolvê-lo.”

Vários governos, incluindo os dos Estados Unidos e da Austrália, acusam Bashir de ser um líder terrorista.

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