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A vacina está a ser ministrada a 30 voluntários - 2005-02-08


As autoridades indianas referem que na primeira fase dos testes a vacina esta a ser ministrada a 30 voluntários, homens e mulheres, da cidade de Pune.

Ganguly chefia o Conselho Indiano de Pesquisa Medica, que realiza os testes de parceria com a Iniciativa Internacional da Vacina da SIDA, de Nova Iorque.

Ganguly adianta que a primeira fase dos testes vai durar cerca de dois anos, mas que uma vacina pode estar a uma década de distancia.

"Trata-se de algo que se parece com uma maratona. Leva oito a dez anos para lançar um produto, mas tudo depende da rapidez com que se obtêm os resultados.

A vacina que está a ser testada em Pune destina-se a combater a estirpe mais comum na Índia. Testes de vacinas em seres humanos contra diferentes estirpes do vírus HIV, que causa a SIDA, estão a ser realizados em vários países, mas os cientistas adiantam que a capacidade de mutação do vírus tem impedido a descoberta de uma vacina.

O ministro da Saúde indiano manifestou esperança em que o projecto de vacina tenha êxito, sublinhando que 85 por cento das atenções do país estão a ser dirigidas para a prevenção.

Grupos de voluntários estão de acordo em que suster a disseminação da doença continua a ser um desafio critico para a Índia, onde a doença afecta mais de cinco milhões de pessoas.

Gilada que dirige um dos principais grupos indianos que trabalha com doentes de SIDA, chama a atenção para o facto de o numero das pessoas infectadas poder quintuplicar nos próximos dez anos.

"Se tivermos em conta o ritmo com o vírus se propaga, não somos capazes de o contrariar com o mesmo ritmo através da prevenção e do controle. A dinâmica das infecções é enorme, podendo atingir os 20 a 25 milhões senão adoptar-mos medidas eficazes.

Especialistas de saúde têm repetido o alerta de que o governo indiano subestima a dimensão da epidemia da SIDA devido ao facto dos números oficiais deixarem de fora um numero vasto de pessoas que são portadoras do vírus sem o saberem ou sem informarem as autoridades.

Cerca de dois terços das vitimas vive nas zonas rurais onde são deficientes as instalações sanitárias.

Tendo aparecido inicialmente nos grupos de alto risco como trabalhadores do sexo e utilizadores de drogas, o vírus espalhou-se posteriormente para a população geral

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