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Congelamento de contas bancarias  - 2005-01-27


O director da divisão para os assuntos económicos, Roland Vock referiu que actuação da Suíça contra a Libéria e a Costa do Marfim, fora anunciada a semana passada

“O Conselho Federal Suíço, o governo suíço actuaram de acordo com dois regulamentos federais relativos a sanções. O primeiro diz respeito à aplicação da resolução do Conselho de Segurança da ONU relativamente à Costa do Marfim e segundo sobre as sanções contra a Libéria.”

As sanções contra a Costa do Marfim incluem um embargo de armas e o congelamento de contas bancarias de indivíduos a serem identificados que bloqueiam o processo de paz.

O analista da secção da África Ocidental do grupo Crise Internacional, Mike McGovern sublinha ser encorajador ver a actuação firma da Suíça , ainda mesmo que algumas das sanções permaneçam hipotéticas.

“Tem o significado de demonstrar a boa vontade da Suíça, país que tem sido usado com frequência para esconder bens nas suas contas bancarias privadas.”

No que se refere à Libéria, o conselho de Segurança solicitara em Marco de 2004 , a totalidade dos seus membros para procurarem, e congelarem, bens de Charles Taylor.

A Suíça já tinha congelado, em 2003, cerca de cinco milhões de dólares do antigo presidente, tendo posteriormente desbloqueado os fundos face àquilo que as autoridades denominaram de insuficientes provas de crime.

Vock sublinha que o governo suíço tirou partido do facto de o Conselho de Segurança ter re introduzido, em Dezembro, sanções de armamento, de uso de madeiras, de diamantes e de viagem para proceder ao congelamento dos bens de Taylor, que vive exilado na Nigéria.

“A Suíça aproveitou para aplicar as ultimas sanções. Porem e já em 2003 tinha procedido ao congelamento de várias contas de Charles Taylor e de indivíduos muito próximo dele, correspondendo a uma solicitação do Tribunal Especial da Costa do Marfim.”

Responsáveis do tribunal de Freetown indicaram estarem a receber excelente cooperação dos Suíços. Embora tentando apresentar Taylor em tribunal, as autoridades liberianas consideram ser preferível esperar que o processo de paz solidifique.

Taylor é acusado de encaminhar milhões de dólares em contas bancarias suíças e noutros locais, provenientes da venda de diamantes em troca de armas.

Vock não indicou o montante das verbas ligadas a Taylor que se encontrem no sistema bancário suíço.

O analista do Grupo Crise Internacional, McGovern sustenta que o progresso da Suíça é importante, já que os dirigentes da África Ocidental tem um historial de manter nas suas contas bancarias verbas de origem questionável.

A Suíça aplica cada vez mais as regras da maioria das nações da União Europeia, sendo encorajador que desejem participar da mesma forma que fizeram com a família de Sani Abacha.

Neste caso, a Suíça anunciou ir devolver a Nigéria cerca de 500 milhões de dólares alegadamente roubados pelo antigo dirigente militar, após ter concordado com as autoridades de Abuja que o dinheiro tinha origem criminosa.

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