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Avião da TAAG arrestado em Joanesburgo - 2005-01-27


Um avião da TAAG, Linhas aéreas de Angola, foi arrestado quarta-feira à tarde em Joanesburgo, África do Sul, pouco antes da sua partida para Luanda. O arresto foi o resultado de uma queixa apresentada por um empresário português que se bate pelo pagamento de uma dívida de um milhão de dólares, contraída pela SACILDA, uma trading constituída pelo estado angolano nos anos 80. Trata-se segundo apurou a Voz da América de um cidadão português proprietário de uma empresa baseada na Namíbia que no passado teve negócios com a SACILDA, e também com os antigos rebeldes angolanos.

A Voz da América soube de boa fonte que o processo já se arrasta desde1991, numa altura em que a dívida, estava abaixo dos 500 mil dólares. Ante a ausência de um entendimento, o credor resolveu intentar uma acção que recebeu provimento do tribunal de Kampton Park, região de Gauteng, de que faz parte Joanesburgo.

Um passageiro contactado pela Voz da América disse que o avião , um Boeing do tipo 747 chegou a horas a Joanesburgo. “Estávamos todos prontos para embarca quando fomos informados de que o comandante tinha recebido a indicação de que o avião tinha sido arrestado”, disse a nossa fonte. Um outro avião alugado pela TAAG que se encontra a fazer manutenção no mesmo aeroporto teve melhor sorte pois ainda não é propriedade do estado angolano.

Os 280 passageiros que deveriam seguir para Luanda foram encaminhados para vários hotéis da zona do aeroporto de Joanesburgo. Representantes da TAAG, do estado angolano e da companhia queixosa serão ouvidos quinta-feira pelo tribunal de Kampton Park. Entretanto fonte sul-africana disse à Voz da América que perante os dados conhecidos até aqui o avião só deverá sair de Joanesburgo mediante o pagamento da dívida.

Recentemente companhias holandesas, agastadas com o prolongamento de uma dívida de empresas angolanas de comunicação social ameaçaram também arrestar um avião da companhia angolana. O pagamento da dívida pelo estado angolano levou os credores a anularem o processo. Fonte angolana disse que embora a SACILDA tivesse extinta,o estado angolano deverá assumir a dívida.

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