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Estados insulares em vias de desenvolvimento


O secretario geral das Nações Unidas relembrou ontem que o principal desafio dos pequenos estados insulares em vias de desenvolvimento, passa pela mobilização da atenção mundial para a necessidade de soluções para as principais dificuldades que esse grupo de nações faz face.

Intervindo na conferencia dos estados insulares a decorrer na capital das ilhas Mauricias, Port Louis, Kofii Annan relembrou que o devastador Tsunami que semeou a catástrofe no oceano indico, acabou por revelar não apenas os desafios que as pequenas ilhas fazem face, mas igualmente a sua relevância no contexto mundial.

De entre as dificuldades que as pequenas nações insulares enfrentam, destacam-se os desastres naturais,o isolamento dos mercados globais, os altos custos de energia e de transporte, isto para alem do impacto das mudanças climatéricas globais, do avanço da Sida, da ameaça do terrorismo e do potencial da informação e das tecnologias de comunicação.

Sob o lema, pequenas ilhas grandes desafios, a conferencia foi convocada para a revisão do programa de acção do desenvolvimento sustentável dos pequenos estados insulares, aprovado em 1994 na conferencia de Barbados.

De entre os assuntos na ordem do dia, figura a discussão dos esforços dos ilhéus em cumprirem as metas estabelecidas pelo “Desafios do Milénio” que define como meta, a redução substancial da pobreza ate 2015.

Numa das sessões da conferencia, Deep Ford economista da Organização para a Alimentação e Agricultura, FAO, relembrou que as economias dos pequenos estados insulares tem sido grandemente afectadas pelas mudanças registadas nos regimes de exportação do açúcar, da banana e dos produtos pesqueiros.

De acordo com aquele economista, apesar dos estados insulares serem responsáveis por 15 por cento do açúcar exportado a nível mundial, muitos deles tiveram que encerrar as fabricas açucareiras e viram as garantias bancárias ameaçadas, enquanto as exportações da banana caíram, entre 2000 a 2003, dos 37 milhões para 21 milhões de dólares.

Recorde-se que integram a Aliança dos Pequenos Estados Insulares, OASIS, 43 nações -ilhéus ou países com uma faixa costeira baixa, de África, Caribe, América Latina, Ásia e do Pacifico, que em comum partilham os mesmos desafios do desenvolvimento , preocupações relativas ao ambiente, e uma vulnerabilidade face aos efeitos adversos das mudanças climatéricas globais.

Quatro países falantes da língua portuguesa, a saber-se Cabo Verde, São Tome e Príncipe, Guine Bissau e Timor Leste integram a organização.

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