A Austrália propôs a instalação de um sistema de alerta contra possíveis maremotos no oceano Indico. Responsáveis japoneses tencionam propor um sistema similar no decurso de uma conferencia a realizar no próximo mês.
Várias outras nações, incluindo as que foram afectadas pelas ondas alterosas, indicaram já tencionar participar numa rede de aviso.
Dezenas de milhar de pessoas em pelo menos dez países morreram na sequência de um tremor de terra de intensidade nove registado ao largo da ilha indonésia de Sumatra, desencadeou uma serie de maremotos na região do Oceano Indico.
Na Tailândia, onde mais de duas mil pessoas morreram, o ministro dos negócios estrangeiros, Sihasak, ser uma boa ideia a instalação de um sistema de aviso.
“Em face da destruição que se registou consideramos ser do interesse de todos os países avaliar da forma como podemos trabalhar no sentido da instalação de um sistema de aviso prévio. Os detalhes competem aos especialistas e debater como se pode organizar o sistema”.
O governo tailandes tem sido criticado pelos residentes e os turistas que se queixam de não terem recebido qualquer aviso da iminência de ondas alterosas.
Os tsunamis ou maremotos, embora relativamente comuns no Oceano Pacifico, são extremamente raros no Oceano Indico, tendo o anterior incidente de relevância a ter atingido a região, sido à volta de 1883, após a erupção de um vulcão na Indonésia.
No estado do Hawaii, tanto o Centro de Alerta de Tsunami do Pacifico como o Centro Internacional de Informação de Tsunami, detectaram o tremor de terra do passado domingo, mas nenhum dos institutos pode avisar os países ameaçados que não fazem parte da rede de alerta.
Especialistas sustentam que a existência de um sistema de aviso para o Oceano Indico poderia ter salvo muitas vidas.
O coordenador das Nações Unidas para a Assistência a Catástrofes, Jan Egeland, alerta para o facto de a instalação de um sistema de aviso prévio constituir uma enorme operação.
Segundo ele o problema reside em que nos maremotos passam minutos até que se registe a aproximação da parede de água, dando pouco tempo de alerta.
Grande parte da região agora afectada e pobre e não possui a infra-estrutura necessária para um sistema do género.
O sistema de alerta do Pacifico emite avisos públicos pela radio e a televisão, possui sereias nas costas, e até mesmo em alguns países envia mensagens para os telefones celulares.