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Da Índia a Indonésia  .... - 2004-12-28


Da Índia a Indonésia, governos e voluntários começaram a distribuir alimentos e agua potável a centenas de milhar de pessoas abrigadas em escolas, templos e edifícios públicos.

Para muitos sobreviventes desesperados a ajuda tem sido lenta a chegar. Alguns países enfrentam faltas de suprimentos, outros necessitam de camiões e ambulâncias para transportar ajuda e os feridos. Outros ainda precisam reparar estradas e telecomunicações para alcançarem aldeias isoladas e ilhas remotas.

Alan Bradbury, da Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedades do Crescente Vermelho no Sul da Ásia, disse que o alcance geográfico do desastre coloca um desafio a uma escala nunca vista. O terramoto e os maremotos de Domingo mataram dezenas de milhar de pessoas da Indonésia ate a África Oriental.

“Foi um desastre massivo. Penso não poder enfatizar mais. A extensão da área que foi afectada, e algo sem precedentes. As necessidades são indubitavelmente muito, muito maiores do que havíamos inicialmente estimado.”

Pelo menos 11 países da Ásia e da África foram afectados – os mais atingidos foram o Sri Lanka, Índia, Indonésia e Tailândia.

As Nações Unidas dizem que a operação de ajuda ira custar muitos biliões de dólares. A Cruz Vermelha esta já a planear para o triplo o seu apelo inicial para seis milhões e meio de dólares. Avaliações das necessidades estão ainda a ser feitas.

Agencias humanitárias disseram que nas próximas semanas as pessoas vão necessitar de alimentos, agua potável, cobertores e medicamentos. E posteriormente vão necessitar de ajuda para reconstruírem as suas casas e as suas vidas.

No Sri Lanka, as estradas estão abarrotadas com dezenas de camiões carregados com alimentos e agua empacotados por voluntários e residentes locais. Mas isso e pouco para cobrir as necessidades de um pais onde mais de um milhão dos seus 19 milhões de habitantes se encontra agora desabrigada. Alguns dos primeiros aviões com ajuda vinda do estrangeiro estão a caminho da ilha.

As autoridades em países pequenos tais como o Sri Lanka e as Maldivas afirmaram que estão a lutar para fazer frente ao desastre.

O subdirector dos Serviços de Saúde nas ilhas Maldivas, Sheena Moosa, disse que o governo não tem capacidade para dar assistência a milhares de pessoas que ficaram sem as suas casas.

“Não temos pessoal suficiente para ir aos locais e distribuir suprimentos. E houve uma erupção de diarreia nessas áreas. Não temos equipamento para atender os feridos mais graves.”

Na Indonésia, o governo autorizou o pessoal da ONU a ter acesso a província de Aceh, onde os estrangeiros tem sido proibidos de lá ir. Os trabalhadores da ONU vão fornecer auxilio a meio milhão de pessoas numa província que tem sido flagelada por uma rebelião separatista.

Na Tailândia, um navio de guerra dirige-se para a devastada ilha turística de Pukhet para dar assistência a muitas pessoas feridas.

Ma Índia, o ministro do Petróleo, Mani Shankar Aiyer, esta a supervisar as operações de auxilio. Disse que o foco será a reconstrução de centenas de comunidades piscatórias que foram destruídas pelo maremoto.

“A maior prioridade será a de restabelecer o modo de vidas das comunidades piscatórias. Isso significa barcos, significa redes de pesca, significa dar-lhes possibilidade de voltarem a trabalhar o mais rapidamente possível.”

Países de todo o mundo têm-se mobilizado para ajudar as vitimas dos maremotos, prometendo enviar desde dinheiro ate capas de plástico e tendas. Governos prometeram cerca de 70 milhões de dólares numa primeira ajuda.

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