No continente africano, a Somália foi um dos países afectados pelas ondas gigantes que assolaram principalmente a costa do sudeste asiático.
De acordo com números oficiais, o maremoto que chegou a costa daquele pais da África Oriental, destruiu varias aldeias costeiras e provocou mais de uma centena de mortos. Um outro pais afectado, foi o Quénia.
O porta voz da presidência somali, Yusuf Baribari descreveu a Voa os impacto do maremoto no seu pais.
“A perda de vidas humanas, ronda as centenas. Os estragos materiais, e algo que não podemos ainda descrever. Cidades e aldeias costeiras que estavam por inteiro submersas , continuam ainda submersas. Os pescadores que ontem se fizeram ao mar, para mais um dia de actividade ainda não regressaram.”
Baribari disse ainda que equipas de resgate e de assistência locais estão já a trabalhar no terreno em auxilio dos mais afectados, mas salientou que os recursos postos à disposição são ínfimos, comparados aos estragos.
Aquele funcionário do governo somali, relembrou por outro lado que o novo governo do seu pais, continua ainda baseado no Quénia, aguardando por uma oportunidade de regresso a Somália. Dai que para Yousuf Baribari, pouco ou nada as equipas no terreno poderão fazer para aliviar o sofrimento das pessoas afectadas pelo maremoto.
“Estamos de facto carentes de todo, mas de todo o tipo de abastecimento... de apoio aos nossos esforços de assistência... apelamos gentilmente à comunidade internacional, aos países vizinhos, as organizações internacionais que nos ajudem com mantimentos a assistência humanitária.”
O maremoto de domingo, causado por um tremor de terra em pleno oceano e próximo da Indonésia, matou mais de 24 mil pessoas em países como o Sri Lanka, Índia , Tailândia, Indonésia, Malásia , a Birmânia e as Maldivas.
Ondas gigantes atingiram também a costa oriental de África, nomeadamente as ilhas Mauricias, Reunião e as Seycheles.
O presidente das Seycheles, James Michel apelou à calma e instituiu um comité que incumbiu de evacuar algumas áreas, na sequência do desaparecimento de pelo menos nove pessoas.
No Quénia, uma pessoa desapareceu na cidade costeira de Malindi e dois outros ficaram feridos em Mombaça quando ondas gigantes atingiram a costa. Navios ancorados nos portos de Lamu, Malindi e Mombaça foram igualmente destruídos.
As autoridades quenianas ordenaram no domingo a evacuação de algumas praias na costa.
O comandante da policia queniana, Alex Rono disse a Voa que hoje a situação estava calma e sob controlo, mas que as autoridades tinham decidido não levantar algumas restrições impostas.
“Está a acompanhar de perto a situação em caso de acontecer algo, mas advertimos as pessoas a manterem-se afastadas das praias.”
Recorde-se que durante este período do ano, as praias quenianas são bastante procuradas pelos turistas. O ministro do ambiente do Quénia, disse que a guarda costeira do seu pais foi posto em estado de alerta.