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Alargar as relações dos países membros  - 2004-11-29


Arranca no Vietname a Cimeira da ASEAN com o objectivo de alargar as relações dos países membros à China e à Índia.

Ministros e investidores terminaram no sábado conversações em Vientiane, prontos para a cimeira anual da ASEAN, a Associação das Nações do Sudeste Asiático que congrega representantes de dez nações.

Os participantes vão assinar uma série de acordos, a maioria dos quais centrando-se no comércio livre no âmbito daquele bloco regional. Mas, os líderes da ASEAN irão analisar igualmente seis outras grandes economias asiáticas. Como é o caso da China, Índia, Austrália, Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia, com o objectivo de criar uma economia regional integrada à semelhança da UE até 2010.

Durante a cimeira, a China vai assinar um acordo de comércio livre, criando, nos próximos seis anos, a maior zona de comércio livre do mundo. Negociações foram já iniciadas com a Índia e idênticas iniciativas irão ser tomadas relativamente a quatro outros países, no próximo ano. O primeiro-ministro da Malásia, Abdulllah Badawi, informou a comunidade de investidores que o comércio no âmbito da ASEAN em si não chega no mundo global de hoje e que a China e a Índia são indispensáveis para fazer crescer o investimento regional.

”O objectivo subjacente é gerar mais oportunidades no comércio e no investimento tanto para investidores nacionais como estrangeiros”.

Os líderes das quatro mais pobres nações da ASEAN (o Camboja, a Birmânia, o Vietname e o Laos) concordaram no domingo forjar relações económicas mais fortes para diminuírem o fosso em termos de desenvolvimento com os vizinhos mais ricos.

”Apelámos aos países membros da ASEAN para darem uma assistência mais eficaz e fornecerem apoio aos países, acelerando a implementação das iniciativas de integração da ASEAN e para garantirem benefícios sustentados para os países membros da organização”

Os representantes dos investidores terminaram as sua reuniões no domingo, advertindo que acordos de comércio livre por si sós não irão melhorar a actividade comercial. E sublinharam que deve ser prestada maior atenção à melhoria das estradas e dos transportes e à estandardização das regras e regulamentos alfandegários.

Entretanto, os parlamentares da ASEAN reunidos em Kuala Lumpur apelaram para que a Birmânia (governada por um regime militar) seja suspensa da organização e que lhe seja igualmente negada a presidência rotativa da organização em 2006, até que sejam dados passos sérios rumo à democracia e à melhora dos direitos humanos.

Apesar da advertência dos parlamentares, o que é facto é que a ASEAN tem uma política de não interferência nos assuntos internos dos países membros e não incluiu a situação política da Birmânia na sua agenda de tema a debater.

No entanto, representantes da organização afirmam que a Birmânia e outras questões difíceis (como a agitação no Sul da Tailândia, maioritariamente muçulmano) poderão ser debatidos informalmente durante esta cimeira de dois dias.

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