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Aviões militares continuam a bombardear as posições rebeldes - 2004-11-05


Os aviões militares continuam a bombardear as posições rebeldes na cidade de Vavoua, na zona oeste, voando depois dali para território rebelde, isto enquanto as tropas marfinenses avançam em várias frentes.

Trinta quilómetros a sul da praça rebelde de Bouake, houve uma breve escaramuça envolvendo as tropas avançadas e os combatentes rebeldes.

Mas nas estradas que levam a Vavoua e Bouake centenas de capacetes das Nações Unidas bloquearam as tropas governamentais marfinenses, apontando-lhes as armas e os tanques. Desconhece-se por agora o número de baixas dos recentes ataques.

Drissa Ouattara, porta-voz rebelde, mostrou-se desapontado por os capacetes azuis e as forças francesas não fazerem mais para impedir os ataques aéreos e a renovação da luta.

As Nações Unidas dizem ter mandato para intervir na prevenção das hostilidades e proteger os civis, enquanto as forças francesas estão mandatadas para prestar apoio logístico e para reagirem rapidamente.

Devido à renovação da luta, as agências da ONU decidiram suspender o seu trabalho humanitário por todo o país.

Em Abidjan, entretanto, prosseguem os actos de vandalismo, apesar do governo ter proibido as pilhagens.

A sede do principal partido da oposição foi praticamente destruída pelo fogo, às primeiras horas de hoje, enquanto mais de 100 apoiantes de Ggagbo pilharam a sede de outro partido da oposição. Mas também os jornais da oposição foram atacados.

Os responsáveis militares dizem querer libertar o norte do país, porque os rebeldes não desarmaram apesar do prazo para o fazerem ter expirado a 15 de Outubro, ao abrigo do acordo de paz assinado em Julho no Ghana.

Os rebeldes dizem que o presidente e os seus apoiantes bloquearam a implementação de reformas chave, as quais deveriam ter sido aprovadas até finais de Setembro.

Os Estados Unidos entretanto condenaram os ataques dos militares marfinenses contra as posições rebeldes. Segundo o porta-voz do departamento de estado, Richard Boucher, os Estados Unidos estão profundamente preocupados com as implicações que os ataques podem ter na estabilidade do país.

”Pedimos comedimento a todas as partes e para que continuem a trabalhar em conjunto para diminuir as tensões e prosseguirem com a implementação do acordo de paz.” palavras de Boucher.

Os Estados Unidos pediram também aos responsáveis para que procedam às reformas exigidas, mas também se mostram perturbados porque os líderes políticos em ambos os lados não colocam os interesses do povo acima dos seus interesses políticos.

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