Links de Acesso

África na imprensa americana - 2004-10-18


Hoje é segunda feira pelo, como habitualmente neste dia, vamos passar em revistas as edições da semana passada dos principais jornais americanos para vermos como é que África e as suas realidades estão a ser reflectidas aqui nos Estados Unidos.

Começamos hoje com um editorial do Washington Post sobre a situação em Darfur um tema que nos últimos meses tem dominado os assuntos africanos nas paginas dos jornais americanos.

O editorial de ontem do Washington Post era titulado “As mortes continuam” e nele o principal diário da capital americana citou declarações do secretario geral da ONU Kofi Annan em como as mortes em Darfur continuam.

O Washington Post afirmou que há 10 anos atrás no Ruanda o ocidente fingiu não ver o que se passava até oitocentas mil pessoas serem massacradas. Agora, naquilo que é chamada de catástrofe em câmara lente no Sudão o ocidente recuou o que se passa para recusa se a responder com a urgência necessária.

Opinou o Washington Post: “NÃO É SUFICIENTE APROVAR RESOLUÇÕES, EMITIR CONDENAÇÕES E ESPERAR QUE O JULGAMENTO DA HISTORIA SEJA FAVORAVEL; O TESTE PARA A ADMINISTRAÇÃO BUSH E PARA NAÇÕES EUROPEIAS COMO A GRA BRETANHA E FRANÇA SERÀ SABER SE ESTÃO DISPOSTOS A USAR DO SEU PODER NA REGIÃO PARA IMPEDIR O GENOCIDIO DE OCORRER”.

Palavras de um editorial do Washington Post.

Sharon La Franiere correspondente do New York Times na África austral escreveu um artigo sobre a absolvição por um tribunal de Harare do líder da oposição Morgan Tsvangirai que tinha sido acusado de conspirar para assassinar o presidente Robert Mugabe.

A correspondente disse que a decisão do tribunal foi surpreendente pois muitos consideravam o julgamento como parte da campanha do presidente para silenciar totalmente a oposição antes das próximas eleições.

Acrescentou a correspondente do NY Times: ”ANALISTAS POLITICOS EM HARARE AFIRMAM NAO PREVER MUDANÇAS NOS ESFORÇOS SISTEMATICOS DE MUGABE PARA SILENCIAR OS OPONENTES POLITICOS E OS MEIOS DE INFORMAÇÃO. ALGUNS AFIRMARAM QUE O VEREDICTO TEVE MOTIVOS POLITICOS E SERVE APENAS PARA DEMONSTRAR QUE O PRESIDENTE DECIDIU QUE ERA DEMASIADO GRANDE O CUSTO DE CONDENAR SEM PROVAS À VISTA DA COMUNIDADE INTERNACIONAL O SEU MAIOR OPONENTE.

Palavras de um artigo de Sharon La Franiere do NY Times.

Dederica Bianchi do CS Monitor escreveu uma interessante reportagem datada de Kampala no Uganda sobre a incorporação da chamada medicina tradicional no sistema medico do Uganda.

A disciplina de métodos de tratamento tradicionais foi também introduzida nos estudos universitários, a primeira vez que tal acontece no continente africano.

Escreveu a correspondente do CS Monitor: ”A DECISÃO SUBLINHA O PAPEL IMPORTANTE QUE OS METODOS TRADICIONAIS JOGAM NOS CUIDADOS DE SAUDE EM AFRICA, REFLECTINDO A SUA EFECTIVIDADE, O SEU BAIXO CUSTO E O SCEPTICISMO QUE MUITOS NO PAIS TEM PARA COM A MEDICINA MODERNA. OS CRITICOS AVISAM QUE O GOVERNO PODERÁ ESTAR A SANCIONAR ALGUMAS PRATICAS QUE CAUSAM MAIS MAL DO QUE BEM, ACRESCENTANDO QUE MUITAS VEZES SE CONFUNDE O FEITICISMO OU BRUXARIA COM MECICINA TRADICIONAL”.

Eram palavras de um artigo de Federica Bianch do CS monitor que disse ainda que no Uganda o governo estabeleceu uma comissão para desenvolver padrões e determinar que praticas devem ser sancionadas.

É tudo neste África na imprensa americana.

XS
SM
MD
LG