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Experiência vivida por muitas mulheres e raparigas - 2004-07-19


A coordenadora da Amnistia Internacional para a crise do Darfur, Pollyanna Truscott, descreve uma imagem devastadora sobre a experiência vivida por muitas mulheres e raparigas.

“Mulheres e raparigas são mortas, violadas sexualmente, por gangs, violadas em público, raptadas, torturadas, e forçadas a trabalhar coço escravas sexuais. Os seus assassinos, os seus violadores e os que as torturam são membros da milícia apoiada pelo governo, conhecida por ”janjaweed,” e em alguns casos, por soldados do governo sudanês.”

Segundo Pollyanna as tropas da milícia e do governo usam sistematicamente a violação sexual como instrumento de humilhação, de controlo e para desumanizar as mulheres, e os alvos são sobretudo as mulheres de pele escura de certos grupos étnicos.

A Amnistia Internacional entrevistou mais de 100 mulheres em campos de refugiados no Chade, e inclui testemunhos delas no relatório. Este é um desses testemunhos lidos à VOA por Pollyanna.

“Uma rapariga de 17 anos de idade foi violada. ”M” -- é assim que a vamos tratar -- foi violada por seis homens em frente à casa dela, em frente à mãe, e depois o irmão dela foi atado e atirado ao fogo. Vi muitos casos de janjaweed a violarem mulheres e raparigas. Eles mostram-se felizes quando estão a violar. Cantam enquanto violam, e dizem-nos que somos apenas escravas e que podem fazer connosco aquilo que bem entenderem.

A Amnistia Internacional pediu ao governo sudanês e à comunidade internacional para desarmar e desmobilizar a milícia janjaweed e ajudar as sobreviventes de violações sexuais. Da mesma forma pediu ao governo sudanês para prender e castigar os responsáveis pela violência.

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