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Lei de Crescimento e Oportunidade de África - 2004-07-15


O governo dos Estados Unidos estendeu o período de vigência da Lei de Crescimento e Oportunidade de África, AGOA, até 30 de Setembro de 2015.

A Lei concede o acesso isento de taxas alfandegárias ao mercado americano a uma variedade de produtos de 37 países da África sub-saariana entre eles Angola.

Os empresários angolanos receberam com satisfação a posição da administração americana pois, esperam que num espaço não superior a cinco anos a industria angolana possa estar em condições de exportar produtos para o competitivo mercado americano.

José Severino o presidente da Associação dos Industriais Angolanos, AIA já identificou os produtos que podem ser exportados numa primeira fase.

“…eu quero recordar que há anos atras, peritos americanos foram a Baixa de Cassange e ficaram admirados com o nosso crescimento de produção de algodão, a qualidade das terras que segundo eles é melhores do que aquela que existem nos Estados Unidos. Nós podemos produzir muito algodão em todo o país, e retomarmos os níveis de exportação do tempo colonial. Estamos convencidos que no algodão, no café, onde os Estados Unidos eram os maiores importadores, com a madeira, as frutas, nas pescas onde também os Estados Unidos eram grandes importadores do nosso atum e admiravam a sua qualidade, com esses produtos acreditamos que vamos entrar no mercado americano, desde que os nossos bancos saiba financiar a produção agrícola…”

A Lei de Crescimento e Oportunidade de África prevê que os 37 estados africanos escolhidos para o acordo comercial com os Estados Unidos apenas exportem para o mercado americano produtos têxteis e agrícolas.

Nesse domínio o presidente da AIA espera que se houver com uma credível política do mercado financeiro angolano o sector industrial poderá ver as suas infra-estruturas reabilitadas em tão curto espaço de tempo e recuperar os níveis de produção que teve no tempo colonial. O economista José Cerqueira por sua vez também acredita que ate ao ano 2015 criadas estarão condições para a industria angolana exportar produtos para os Estados Unidos desde que para já estabilizado o mercado cambial interno.

Até ao ano 2015 os angolanos terão tempo para resolverem os problemas de melhoramento da sua política monetária.

“…É necessário que sejam observadas duas condições. A primeira condição é dada naturalmente pela existência de mercado de câmbios e isso permite as trocas internacionais, o comercio com o exterior o que já está garantido em Angola. Mas, é preciso um segundo movimento que é uma política de desenvolvimento económico. Eu penso que até ao ano 2015 é um bom prazo porque os angolanos dentro de pouco tempo vão resolver os seus problemas de melhoramento da sua política monetária que lhes vai permitir concentrar o poder de compras em importações que Angola tem graças ao petróleo, para importar maquinas e “input” e ter um grande desenvolvimento económico. A agricultura vai sem duvidas beneficiar disso, já que os americanos dizem que estão dispostos a levantarem barreiras sobre os produtos agrícolas dos países africanos em direcção a América, dando assim uma lição aos europeus, japoneses e até aos chineses, e se realmente os americanos o fizerem nos prazos previstos, Angola poderá exportar muitos bens agrícolas para o mercado americano num espaço não superior a dez anos…”

Angola faz parte do grupo dos 37 países da África sub-saariana escolhidos para oportunidades de negócios com os Estados Unidos há dois anos e desde então ainda não exportou qualquer produto para mercado americano no âmbito de AGOA.

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