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Petrolíferas com contas em bancos angolanos


As empresas petrolíferas que operam em Angola passarão doravante a terem contas domiciliares nos bancos angolanos ou em outros que venham a abrir a luz da legislação vigente no país.

Uma decisão nesse sentido foi já tomada pelo Banco Nacional de Angola que espera ver maior circulação da massa monetaria no país.

A decisão do BNA já foi dada a conhecer às empresas petroliferas que operam em Angola que a acolheram com algum cepticismo receando que o Banco Central angolano os obrigue a usar moeda local, o Kwanza, para as suas operações.

Fiel Constantino um economista angolano que falava para a Voz de América disse ser uma medida já esperada uma vez que as dificuldades que impediam as petroliferas a terem contas domiciliarias em Angola estão ultrapassadas.

“…Apesar de não haver ainda no domínio publico muita informação sobre o assunto, já era previsivel que mais cedo ou mais tarde essa medida fosse tomada pelo BNA. A mim me parece que essa medida não é muito conflituosa na medida em que se as empresas petroliferas tem o seu capital fisico domiciliada cá e produzem cá os seus rendimentos é, natural que domiciliem em Angola, no mercado em operam as suas contas. Isso não ocorreu no passado pelas razões que todos conhecemos, havia instabilidade militar e não estavão reunidas as condições para a manuntenção dos capitais e com o fim da guerra diminuiu o risco…”

Apesar do fim da guerra e do crescimento do sistema bancario angolano, tudo indica que as petroliferas deverão a aceitar a decisão do Banco Nacional de Angola com a condição de o dinheiro continuar nos bancos estrangeiros que deverão abrir sucursais em Angola.

Fiel Constantino acredita que o deficiente nível de organização do sistema bancário existente em Angola pode concorrer para que as petrolíferas continuem a operarem com os mesmos bancos estrangeiros mas, com filiais em Angola.

“…Não era só a guerra que tornava o mercado não atrativo para os capitais, o proprio nivel de desenvolvimento da nossa economia e nesse particular do sector bancário, não era e continua a não ser muito atractivo para suportar clientes de tal envergadura como são as empresas petrolíferas . Mas também acredito que como já aconteceu em outras paragens e outros mercados, provavelmente o que vai acontecer é a entrada no nosso mercado de outros bancos, ou seja as empresa petrolíferas continuarão a ser clientes dos mesmos bancos, mas provavelmente esses bancos terão filiares em Angola, uma forma que é adoptada para mercados com esse tipo de exigências. É isso o que vai ocorrer e já existem mesmo sinais nesse sentido ate porque, o mercado bancário angolano já está aberto a iniciativas estrangeiras e, tratando-se Angola de um mercado potencialmente forte no domínio de diamantes e petróleo, terá a concorrência de muitos Bancos estrangeiros…”

Mesmo com a entrada de filiares de Bancos estrangeiros no mercado angolano, as pretenções do BNA serão respondidas, uma que a Lei angolana obriga todos os bancos comerciais a depositarem as suas reservas no Banco Central o que poderá significar um aumento de reservas cambiais no país.

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