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Prosperidade ou desastre - 2004-07-08


O ”boom” do petróleo na África Central e Ocidental poderá resultar na prosperidade, ou no desastre, daquela região, tudo dependendo da forma como os lucros venham a ser gastos.

Esta a conclusão de um estudo realizado pelo Centro para os Estudos Estratégicos e Internacionais que acaba de ser divulgado na capital americana e que vai ser debatido hoje no Congresso dos EUA pelo Secretário de Estado, Colin Powell.

O relatório refere que as crescentes exportações de Angola e da Nigéria irão melhorar significativamente a posição global daqueles dois países.

Ainda de acordo com o Centro para os Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington será prestada maior atenção aos países ”produtores emergentes e instáveis” na região, como é o caso da Guiné Equatorial, do Chade e de S. Tomé e Príncipe.

”Com reservas que comprovadamente ultrapassam os mais de 60 mil milhões de barris, aquela região da África Central e Ocidental fornece hoje em dia um em cada quatro barris de petróleo da produção que chega aos mercados mundiais”.

O referido estudo, intitulado ”Aumentando o Interesse Americano em África”, refere que os países produtores daquela região de África podem acrescentar nos próximos sete a dez anos, entre 2,5 a três milhões de barris por dia à produção de petróleo mundial.

O documento frisa que o aumento da produção petrolífera poderá trazer prosperidade ou desastre a uma região frágil e complexa e expandir nessa direcção os interesses americanos.

E adianta que os benefícios serão sentidos em toda a região se as nações exportadoras conseguirem obter uma maior estabilidade, investirem com cuidado e melhorarem a governação e o respeito pelo primado da lei.

Este relatório do Centro para os Estudos Estratégicos e Internacionais adverte o governo americano para uma crescente ameaça terrorista contra os interesses americanos em África, adiantando que a política de Washington terá que levar em conta os factores que atraem terroristas: Estados fracos, profunda privação económica e divisões religiosas.

A propósito, o estudo adverte que a resposta americana não poderá ser apenas orientada por princípios de segurança, requerendo uma atenção sustentada a prestar ao desenvolvimento económico, aos Direitos Humanos e à democratização.

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