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Sobas e SDM em desacordo - 2004-06-30


Os sobas da região Kuango, Lunda Norte, acusam a SDM, Sociedade de Desenvolvimento Mineiro, de cobrar 400 a 600 dólares para empregar trabalhadores locais.

Numa denúncia apresentada às autoridades os sobas acusam as forças de segurança privada que protegem os projectos de diamantes designadamente Alfa-5 e Teleservice de maltratarem e impedirem a população de circular livremente.

As companhias de segurança dizem que se tratam de zonas de reservas de diamantes, ao que os sobas contrapõem dizendo que este comportamento constitui uma flagrante violação aos direitos do cidadão à livre circulação.

«A SDM, apenas admite cidadãos locais se este pagarem 400 a 600 dólares. As maiores facilidades de emprego são concedidas a pessoas de outras regiões do pais e aos expatriados. Nós somos obrigados a cavar carvão», disse Napassa Joaquim Muapessa, porta voz do sobas na região da Kuango.

A Voz da América, ouviu o director geral adjunto da SDM, Hélder Carlos, que desdramatiza a situação afirmando que esta prática nunca foi política daquele projecto .

“Nós pensamos que são infundadas as acusações que vem sendo feitas contra a SDM.

Já Virgílio Marques, delegado da Geologia e Minas, diz o seguinte sobre a questão.

«As empresas têm necessidade de absolver mão de obra especializada que infelizmente não é possível encontrar mão de obra no mercado local pelo que têm que recorrer ao mercado externo».

A Lunda Norte, tem mais de 900 mil habitantes. As estatísticas dizem que a região possui altos índices de analfabetismo, o que explica que poucas pessoas estejam habilitadas a concorrer aos postos de trabalho quer no estado quer no sector privado.

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