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Nova embaixadora dos Estados Unidos para Angola - 2004-06-24


Aqui em Washington, na comissão das relações externas do Senado, teve lugar esta tarde, a audiência para a confirmação da nova embaixadora dos Estados Unidos para Angola. Cynthia Efird que, a ser confirmada, substituirá Christopher Dell, nomeado para o Zimbabwe.

Na sua declaração perante a comissão, Cynthia Efird disse que servirá em Angola durante um período crucial do desenvolvimento do país, período em que o governo e os angolanos terão a oportunidade de garantir a paz doméstica, realizar eleições que representem o avanço da governação democrática, em que se criem instituições económicas abertas e transparentes, que atraiam o investimento e que será criada uma sociedade civil actuante.

Contudo, a diplomata advertiu que caso Angola não consiga responder aos desafios que tem pela frente, o processo de reconciliação nacional pode ser frustrada e o país permanecer numa situação de privação económica.

A administração americana, afirmou Cynthia Efird, tudo fará para encorajar Angola a realizar o seu potencial em recursos naturais e humanos. ”Uma Angola democrática e próspera poderá servir como força de estabilidade em África e tornar-se num parceiro comercial valioso dos Estados Unidos.”

”Angola é um país numa encruzilhada,” afirmou ainda a diplomata acrescentando que se o final da guerra civil dá ao país a sua primeira oportunidade de obter a unidade nacional, democracia e prosperidade económica, a sombra do conflito paira ainda sobre a vida do cidadão comum, a destruição massiva, a deslocação das populações, questões que exigem ser tratadas, acima de tudo por políticas governamentais angolanas.

A embaixadora nomeada acrescentou que, caso confirmada, trabalhará com o governo e a oposição política para garantir que há condições necessárias para que as eleições tenham lugar em 2006, e que possam reflectir a verdadeira vontade do povo angolano. Cynthia disse, também, que é preciso uma sociedade civil ”vibrante” e uma imprensa eficaz.”

Em relação à transparência e prestação de contas, Cynthia Efird lembrou serem precisas reformas que impeçam que a má gestão económica do passado se torne num legado duradouro, mas notou que o governo está já a tomar algumas medidas como a eliminação de gastos não previstos no orçamento, e um maior “controlo dos gatos” de departamentos governamentais individuais.

No seu depoimento, a embaixadora acrescentou que trabalhará para expandir as relações entre os Estados Unidos e Angola, proteger os interesses americanos e os cidadãos americanos, e criar um futuro brilhante para Angola, o que é no interesse de ambos os países.

Cynthia Efird, diplomata de carreira, desempenha até agora o cargo de directora de Diplomacia e Relações Públicas no Departamento dos Assuntos Africanos do Departamento de Estado. A sua confirmação pelo Senado deverá ocorrer nas próximas semanas

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