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Conselho da República pode desanuviar a crise - 2004-06-22


Dois influentes partidos da oposição o saudaram esta segunda-feira a decisão do Presidente José Eduardo dos Santos de convocar o Conselho da República e de manifestar o desejo de iniciar as consultas com a sociedade civil.

O porta-voz da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, e o líder da bancada parlamentar do PRS, Lindo Bernardo Tito evitaram qualificar o gesto do PR como sendo uma cedência face às pressões da sociedade civil quanto a necessidade da definição de um calendário para as eleições. Para os dois políticos tratou-se de uma atitude que visa reatar o diálogo.

Asseguraram no entanto esta convocatória não representa para já uma indicação de que a oposição parlamentar venha levantar o boicote que impôs a Comissão Constitucional. Para Adalberto Júnior, o PR fez o que as obrigações constitucionais lhe conferem.

O dirigente da UNITA disse esperar que esta convocatória viesse dar solução a uma das exigências da oposição que é auscultação dos partidos políticos.

“O senhor Presidente da República deve estar atento a estas manifestações da sociedade. O que eu penso que ocorreu é que o senhor PR entendeu que era importante fazer alguma coisa a esse nível e convocou o Conselho da República. Espero que o CR acabe por trazer aquele elemento mais importante que não existia que é o diálogo entre as instituições e os seus representantes a sociedade e os seus representantes.”

“É uma posição acertada” considera por seu turno Lindo Bernardo Tito para quem a decisão do PR vai permitir desanuviar todo o quadro vigente.

“Mais uma vez podemos dizer que o PR aparece neste momento difícil para tentar contribuir no sentido de desanuviar a situação. Mas quanto ao regresso à Comissão constitucional tudo vai depender do encontro do Conselho da República e do início das consultas a todos os partidos políticos e a sociedade civil.”

De acordo com os serviços de Apoio ao PR a reunião do Conselho da República convocada para o dia 2 de Julho visa dar prosseguimento a auscultação dos seus membros e dos representantes da sociedade civil com vista a definição do período da realização das próximas eleições gerais em Angola.

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