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Eduardo dos Santos não tem receio em marcar a data das eleições - 2004-06-16


O MPLA diz que o Presidente José Eduardo dos Santos não tem qualquer receio em marcar a data das eleições, e que o impasse na Comissão Constitucional é um falso problema.

Falando à Voz da América, o secretário do MPLA para a Informação, Norberto dos Santos “Kwata Kanaua”, reiterou a posição do seu partido de que a marcação da data das eleições está condicionada à definição de um quadro legal e constitucional.

Para o dirigente do MPLA, Eduardo dos Santos já deu pistas suficientes em relação à realização das eleições.

“Ele disse que as eleições poderão realizar-se em 2005 ou em 2006. Portanto é uma pista. Acho que oposição pretende levantar um falso problema, porque o Presidente da Republica já disse o periodo em que as eleições devem realizar-se. (...) Agora ultimamente levanta-se a questão se a Constituição deve ser aprovada antes ou depois das eleições. Acho que a oposição está a procurar baralhar as coisas sem necessidade”-referiu.

Na sua perspectiva, a retirada da oposição da Comissão Constitucional, longe de acelerar o processo, vai atrasar ainda mais a realização das eleições.

Norberto dos Santos afirmou que sobre esta questão, o MPLA não vai alinhar em troca de galhardetes com a oposição e reprovou a ideia de se levar o debate constitucional para fora das instituições do estado, uma posição que já havia sido assumida publicamente pelo seu partido.

“Somos um partido com muita responsabilidade e se os nossos colegas quiserem contactar, que nos contactem, mas se quiserem discutir isso na praça publica, ficarão sozinhos”-acrescentou.

O debate constitucional fora das instituições do estado é uma pratica que começa a ganhar corpo, envolvendo vários sectores da sociedade civil, o que começa a desagradar o partido no poder.

“Nós, MPLA, não aceitamos que este debate estravase as instituições do estado, como a oposição quer. Nós não aceitamos o princípio da discussão fora das instituições. Temos a Assembleia Nacional, existe o Conselho da Republica,...portanto, não vamos inventar modelos”-sublinhou.

A crise na Comissão Constitucional instalou a 16 de Maio, depois da oposição ter decidido pela sua retirada, em pretexto contra o silencio do Presidente José Eduardo dos Santos em relação a data das próximas eleições.

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