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UNITA - nunca houve pacto de regime - 2004-06-15


A UNITA diz que não estabeleceu qualquer pacto de regime com o MPLA, e refere que há um desencontro muito grande entre as suas posições, e as do partido no poder em relação às eleições.

Segundo o secretário da UNITA para a Informação, Adalberto Junior a grande diferença entre o seu partido e o MPLA está no modo de agir.

O dirigente da UNITA sustentou que sobre a questão das eleições, um assunto que tem dominado o cenário político angolano, o MPLA tem optado em ficar pelas palavras.

“Nos não pensamos que se deve apenas fazer anúncios, mas pensamos ser fundamental que se iniciem as tarefas, que se determinem datas e que estas sejam cumpridas. A nossa diferença em relação ao MPLA e que este fala das tarefas mas não inicia nada”-referiu.

Adalberto da Costa Júnior lembrou que há alguns meses a esta parte, a UNITA fez chegar ao Presidente da Republica uma proposta de calendário eleitoral, na qual defendia a realização das eleições no segundo semestre de 2005.

Este pronunciamento, contraria assim, as mais recentes declarações do secretário geral do MPLA , Dino Matross, segundo as quais a UNITA defende também a realização das eleições dentro de 24 meses, tal como o seu partido.

“O período ideal para a data das eleições é o segundo semestre de 2005. Portanto 24 meses não é coincidente com esta data”

O dirigente da UNITA lembrou, por outro lado, que em Dezembro de 2002, realizou-se um encontro entre as direcções dos dois maiores partidos políticos no sentido de se desbloquear o funcionamento da Comissão Constitucional, mas não foi assinado qualquer pacto de regime.

“Creio que foram dois dias e meio de encontro, onde algumas questoes foram debatidas e consideradas. Estas questoes deveriam ter sido transferidas para aquilo que surgiu como documento base daquela proposta técnica da futura Constituição. Portanto não se criou ai nenhum pacto de regime”.

O alegado pacto de regime com o MPLA terá beliscado a relação entre a UNITA e o resto da oposição.

A crise instalada na Comissão Constitucional fez ressurgir a UNITA como a líder da oposição. Entretanto num comunicado difundido ao fim da tarde desta segunda-feira em Luanda a UNITA rebateu uma sugestão do secretário-geral do MPLA segundo a qual os dois partidos estavam de acordo em como as eleições teriam lugar em 24 meses.

Para a UNITA os 24 meses começaram a contar em setembro de 2003, quando enviou um cronograma ao presidente José Eduardo dos Santos. Por outras palavras as eleições deveriam ter lugar em setembro de 2005. A UNITA diz que nunca subescreveu nenhuma outra proposta.

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