Links de Acesso

Convite para as FAA irem para Iraque ? - 2004-05-07


O embaixador americano em Angola, Christopher Dell diz não ter conhecimento de nenhum pedido do seu governo para as Forças Armadas Angolanas integrarem uma força especial africana de manutenção de paz no Iraque.

Em Luanda circulam informações segundo as quais, na sequência da retirada da Espanha e das Honduras do Iraque, Angola e outros países africanos que votaram a favor da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que autorizava a invasão daquele país do Médio Oriente pelos Estados Unidos teriam sido sondados para formarem uma força especial de sessenta mil homens com vista a ocuparem o vazio deixado por estes países.

O embaixador americano em Angola, afirmou, entretanto que os Estados Unidos estariam dispostos a apoiar uma força africana no quadro da União Africana para resolução de conflitos no continente.

“Não tenho conhecimento de nenhum pedido dos Estados Unidos a nenhum governo africano com vista a fazer parte as forças de manutenção de paz no Iraque. Li esta notícia num dos jornais aqui publicado, mas que eu saiba, não existe nenhum plano neste sentido. Posso lhe garantir que não houve nenhum pedido feito ao governo angolano nem a qualquer outro governo africano” - enfatizou.

Christopher Dell considera, por outro lado, que dois depois do fim da guerra devia ser definida a data das próximas eleições gerais e presidenciais.

O diplomata americano qualificou as eleições como o motor da democracia e a marcação da data permitiria um maior engajamento do governo e das forças políticas no processo que conduziria o país ao acto eleitoral.

“É importante definir-se uma data concreta para que todo o processo seja organizado a partir desta base. Sem a data das eleições, o processo político não terá a dinâmica desejada” - afirmou.

Christopher Dell minimizou a polémica instalada sobre o milho geneticamente modificado doado pelo seu governo, sublinhando que caberá as autoridades angolanas aceitarem a doação ou não.

Recorde-se que os Estados Unidos cancelaram, em finais de Março, o envio de 19 mil toneladas de milho destinado a Angola, por força de um decreto do governo angolano que proíbe a entrada no país de produtos geneticamente modificados.

“Se Angola insistir em não aceitar nenhuma comida desta natureza, e devo enfatizar que já foi utilizada cá na última década e continua a ser consumida nos Estados Unidos, nós aceitamos, pois trata-se de uma decisão de um país soberano. Mas neste caso, não será possível mandar para Angola milho americano que hoje representa 90% da comida importada para Angola“. O diplomata americano diz que uma das soluções para desbloquear a situação, seria a transformação do milho depois da sua chegada a Angola, mas acrescentou que isso seria muito oneroso para o seu país, uma vez que esta operação custa vinte a trinta dólares por tonelada.

XS
SM
MD
LG