A Cruz Vermelha referiu que os seus representantes têm visitado regularmente Abu Ghraib e falado, em privado, com os prisioneiros.
A principal prioridade da organização é o verificar sinais de possível abuso e apresentar imediatamente queixa às autoridades, mas não divulga publicamente o que apresenta.
A porta voz da Cruz Vermelha, Antonella Notari, deixou em aberto a possibilidade de que a agencia tenha manifestado preocupação aos responsáveis dos Estados Unidos no Iraque sobre eventuais abusos que possa ter detectado em Abu Ghraib, mas recusou-se a indicar o que foi comunicado.
Notari precisou que a Cruz Vermelha solicitou às autoridades norte americanas para que fossem tomadas medidas sobre as informações que possuía.
A mesma porta voz acrescentou que é procedimento normal não divulgar os dados recolhidos, tentando manter uma presença e um relacionamento de trabalho com as autoridades para sejam introduzidas as modificações.
Notari teve relutância em indicar se as informações recolhidas pelos delegados da Cruz Vermelha em Abu Ghraib coincidiam com as fotos de abuso de prisioneiros.
Notari acrescentou mesmo não desejar comparar as fotos com as informações recolhidas pois, disse “tal seria enganador”, limitando-se a indicar que os detidos comunicaram em privado com os representantes da Cruz Vermelha.
A porta voz da Cruz Vermelha referiu que as autoridades dos Estados Unidos seguiram as recomendações da agencia no sentido de melhorar as condições dos prisioneiros.
Notari sublinhou que as recomendações foram aceites com seriedade, e existirem em curso outras medidas, estando a Cruz Vermelha interessada em prosseguir com as visitas para fiscalizar a situação.
A Cruz Vermelha acrescentou ter visitado mais de dez mil pessoas que foram detidas no Iraque, desde que o país foi invadido há mais de um ano.