Um representante do governo sudanes indicou que o acordo para um cessar fogo imediato foi obtido ao fim do dia de quarta feira, entre o Sudão e rebeldes da região ocidental de Darfur.
Os grupos rebeldes desencadearam uma revolta em Fevereiro do ano passado após terem acusado o governo sudanes de apoiarem milicianos árabes em ataques contra aldeias africanas.
Responsáveis das Nações Unidas avaliam em mais de um milhão o numero de pessoas deslocadas pelo conflito, e as agencias internacionais de assistência alertaram para o facto de os confrontos estarem a criar uma crise humanitária.
Na quarta feira, o secretário geral da ONU, Kofi Annan classificou o conflito como constituindo uma limpeza étnica, e alertou para a possibilidade de poder vir a ser necessária uma intervenção militar se todas as outras iniciativas falharem.
O governo sudanes rejeitou qualquer interferência estrangeira no conflito.
Responsáveis sudaneses afirmam esperar que o cessar fogo, negociado no Chade, permita às partes o tempo necessário para encontrar uma solução política e possibilitar a distribuição de ajuda humanitária.
As negociações destinadas a por termo ao conflito tiveram inicio no passado dia seis, quando o presidente chadiano juntou as partes, lado a lado com observadores dos Estados Unidos e da União Europeia.
O Presidente dos Estados Unidos, sugeriu já que Washington poderá não normalizar o relacionamento com o Sudão, até que seja posto termo ao conflito na região de Darfur.
O governo sudanes tem estado envolvido em negociações de paz para por termo a mais de duas décadas de guerra civil entre o governo islâmico do norte, e os rebeldes cristãos e animistas do sul.
Uma fonte norte americana indicou no Quénia, onde decorrem as conversações de paz, que poderá ser possível a assinatura de acordo de paz até ao fim de semana.
No entanto, os rebeldes da região ocidental não participam nas conversações, e responsáveis do sector dos direitos humanos no Sudão sustentam que acabar com o conflito numa área do país terá pouco significado, se os confrontos prosseguirem noutra região.