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Estados Unidos preocupados com a morte de Ahmed Yassin - 2004-03-26


O embaixador americano, John Negroponte, disse no Conselho de Segurança que os Estados Unidos estão gravemente preocupados com a morte de Ahmed Yassin, porque isso aumentou as tensões na região e poderá fazer retroceder os esforços de paz.

Mas antes da votação, Negroponte disse ao conselho que os Estados Unidos não poderiam aprovar a medida, encarada como parcial, por não mencionar os ataques suicidas do Hamas que mataram centenas de israelitas.

“Esta resolução condena a morte do xeque Yassin, líder do hamas, uma organização terrorista dedicada a destruir Israel. Na semana passada, o Hamas proclamou orgulhosamente a sua responsabilidade pelo ataque suicida no porto israelita de Ashdod, que matou dezenas de israelitas e feriu dezenas de outros. esta resolução não condena o ataque, nem os seus responsáveis”.

Os Estados Unidos foram à única nação no Conselho de Segurança que não condenou a execução extrajudicial do xeque Yassin.

Mas diversos membros europeus do conselho, incluindo a Grã-Bretanha, Alemanha e Roménia, abstiveram-se porque consideraram o texto desequilibrado. A França, a Rússia e a Espanha juntaram-se aos membros que votaram a favor da resolução.

Os diplomatas não conseguiram concordar com as modificações de última hora, introduzidas no texto, que incluíam a condenação das atrocidades terroristas contra os israelitas. Mas Abdallah Baali, o embaixador da Argélia junto da ONU, que submeteu a resolução em nome dos estados árabes, disse que o texto era equilibrado porque condenava ”todos os actos terroristas contra quaisquer civis.”

Baali criticou o facto do conselho não ter conseguido um consenso.

“Ao não condenar a morte extrajudicial do xeque Yassin, o Conselho de Segurança não está a enviar a mensagem certa aos que acreditam sinceramente que o Conselho de Segurança é o defensor da lei internacional, mas envia, certamente, a mensagem errada a Israel”.

Após a votação, o embaixador israelita e o representante palestiniano trocaram insultos na sala do conselho.

A sessão do Conselho teve lugar um dia depois da Comissão dos Direitos Humanos da ONU ter adoptado uma resolução condenando o assassinato do xeque Yassin.

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