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Manifestantes vão descer a rua - 2004-03-24


Organizadores da marcha encontraram-se com o representante especial das Nações Unidas para a Costa do Marfim, Albert Tevoedjre, dando-lhe garantias de que os manifestantes vão-se comportar de uma forma responsável quando descerem a rua.

Um dos organizadores, Cisseh Bacongo, igualmente porta-voz do partido da oposição Agrupamento de Republicanos, disse que os manifestantes vão-se vestir de branco para mostrar que não são violentos e são a favor da paz.

Bacongo disse que a manifestação não tem por objectivo insultar ninguém ou destruir alguma coisa, mas em vez disso apelar ao presidente Laurent Gbagbo para implementar totalmente o acordo de paz de partilha do poder estabelecido em Franca ha mais de um ano.

A manifestação vai-se realizar apesar de um decreto presidencial proibi-la e um comunicado do representante da ONU, Tevoedjre, na segunda-feira ter feito um aviso contra a desobediência civil, que disse poderá levar um terror incontrolavel.

Bacongo afirmou ter ficado muito desapontado com o comunicado do representante das Nações Unidas na Costa do Marfim. A este propósito acrescentou que o representante da ONU devia mediar em vez de favorecer uma das partes.

A preocupação sobre a violência ocorre em parte porque grupos de jovens próximos do presidente Gbagbo prometeram bloquear os manifestantes de se reunirem no local que escolheram para protestar perto do palácio presidencial.

Falando perante as câmaras da televisão estatal na segunda-feira à noite, o chefe das forcas armadas, Mathias Doueh, apelou aos organizadores da marcha para colocarem de lado o que classificou por interesses partidários e cancela-la no interesse da paz.

Comandantes da Policia e do Exercito disseram que usarão a forca para evitar alguém de se aproximar do local onde os manifestantes se vã reunir. Na segunda-feira, Gbagbo assinou um decreto mobilizando o exercito para ajudar a policia a garantir a segurança nos próximos dias.

Os manifestantes querem uma nova lei da nacionalidade que permita a maioria dos seus apoiantes a votarem e a concorrerem a cargos públicos conforme esta prometido no acordo de paz. Mas o presidente Gbagbo disse que os rebeldes que controlam o norte do pais devem desarmar-se primeiro antes que outros aspectos do acordo de paz possam ser considerados.

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