Centenas de residentes ghanenses e cameruneses estão a ser expulsos da minúscula nação oeste-africana, rica em petróleo, no rescaldo da repressão governamental dos estrangeiros.
A expulsão segue-se à prisão a semana passada de 15 indivíduos, alegamente envolvidos numa conspiração para derrubar o governo do Presidente Teodoro Obiang Nguema.
O vizinho Ghana estabelecera uma ponte aérea para o repatriamento de varias dezenas dos seus cidadãos na Guiné Equatorial, desde o domingo, tendo fretado navios para o transporte de mais outros.
Entretanto, mais de quinhentos cidadãos cameruneses regressaram ao país em navios durante a semana passada, tendo alguns deles levado a cabo manifestações de protesto junto ao consulado da Guiné Equatorial, na capital camerunesa, Douala, no domingo.
Um diplomata ocidental na região disse que os Camarões e aquela ex-colónia da Espanha, tem tido laços diplomáticos desde sempre, até aqui, e que alguns cameruneses têm propriedades na Guiné Equatorial há mais de dez anos.
Disse ainda que cerca de 250 cameruneses estão acampados junto ao consulado dos Camarões em Malabo, isolados por um cordão de agentes de segurança e incapazes de abandonar o acampamento.
Muitos ghanenses e cameruneses que foram forçados queixaram-se de maus tratamentos na Guiné Equatorial.
A descoberta do petróleo na Guiné Equatorial na década de 90,atraiu milhares de estrangeiros àquele minúsculo país oeste-africano.
A Guiné Equatorial deteve 15 indivíduos que teriam afirmado fazer parte de uma conspiração internacional para derrubar o governo do país,enquanto,por outro lado, outros 70, ditos mercenários, foram presos no Zimbabwe sob suspeitas, eles também, de envolvimento na conspiração.