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Tropas espanholas vão deixar o Iraque - 2004-03-15


Zapatero indicou que as tropas espanholas vão deixar o Iraque por volta do 30 de Junho a menos que seja aprovado um novo mandato das Nações Unidas.

A oposição ao apoio prestado pela Espanha na guerra no Iraque foi um dos pontos chave da campanha de Zapatero. Segundo as sondagens de opinião, a grande maioria dos espanhóis opunha-se ao papel do governo na coligação iraquiana, embora as sondagens também indicassem que tal não iria constituir um factor decisivo na eleição. O partido do primeiro ministro José Maria Aznar era suposto vencer o sufrágio.

Todavia, a realidade mudou após os atentados bombistas de quinta feira em Madrid que causaram a morte a mais de 200 pessoas e ferimentos em cerca de mil e quinhentas. Muitos eleitores concluíram aparentemente que os ataques, atribuídos agora à rede terrorista al-Qaida, era resultado do apoio de Espanha à guerra.

Alguns estavam igualmente irritados com o facto de o governo tivesse responsabilizado, inicialmente, o grupo terrorista basco ETA, e tivesse mantido a mesma posição mesmo depois de ter aparecido os primeiros indícios do envolvimento da al-Qaida.

O Partido Socialista Operário Espanhol de Zapatero obteve pouco mais de 42 por cento dos sufrágios, obtendo assim 164 assentos num parlamento de 350 lugares, ou seja menos 12 assentos do que a maioria. O Partido Popular no poder que obteve 38 por cento dos sufrágios, viu a sua percentagem de lugares reduzida de 183 assentos para 148.

Partidos de menor dimensão obtiveram os restantes lugares no parlamento, sendo de esperar que um ou mais deles possa colaborar com os socialistas.

A força pré-eleitoral do Partido Popular de Aznar era atribuída em grande medida à prosperidade económica durante os oito anos de governação, com a diminuição do desemprego e a inflação. O governo do Partido Popular conseguiu reduzir drasticamente as actividades terroristas do grupo basco terrorista, ETA.

Cerca de 77 por cento dos mais de 35 milhões de eleitores espanhóis foram às urnas, incluindo mesmo alguns daqueles que ficaram feridos nos ataques bombistas da passada quinta feira.

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