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Milhões de pessoas em toda a Espanha participam em manifestações contra o terrorismo - 2004-03-12


Milhões de pessoas em toda a Espanha deverão participar em manifestações contra o terrorismo, no primeiro dos três dias de luto nacional pelas vitimas dos atentados de ontem, 11 de Marco. A campanha eleitoral foi suspensa mas o primeiro-ministro José Maria Aznar anunciou que as eleições legislativas vão-se realizar no domingo conforme estava previsto.

Cerca de 200 pessoas morreram e mais de 1400 ficaram feridas no pior ataque terrorista em Espanha. Pelo menos 10 bombas explodiram em comboios suburbanos que se aproximavam de três estacões ferroviárias em Madrid numa onda orquestrada de terror, matando ou estropiando principalmente jovens que iam para a escola e trabalhadores que se dirigiam para os seus locais de trabalho na capital espanhola.

O governo espanhol foi rápido em responsabilizar separatistas bascos do grupo militante ETA pelo massacre, mas quando provas de um potencial envolvimento de um grupo terrorista islâmico começou a emergir, disse que outras linhas de investigação foram abertas.

A banida ala política da ETA, Herri Batasuna, negou a responsabilidade pelos atentados bombistas.

O primeiro-ministro José Maria Aznar disse num comunicado lido na televisão que todas as pistas serão seguidas para encontrar os terroristas e leva-los a justiça.

Em toda a Espanha foi observado ao meio-dia um minuto de silencio em memória dos que morreram nos atentados. As bandeiras nos edifícios governamentais estão à meia - haste. Dignatários e chefes de governo, incluindo os primeiros-ministros da Franca, Itália e Portugal, estão em Madrid para participar na manifestação antiterrorismo.

Entretanto, lideres árabe condenaram os atentados terroristas de quinta-feira em Madrid e enviaram mensagens de condolências ao rei Juan Carlos de Espanha.

O presidente do Egipto, Hosni Mubarak, o secretario-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, o dirigente da Líbia, Moammar Gahdafi, o chefe de estado da Síria, Bashar al-Assad, o rei Abdullah da Jordânia e o primeiro-ministro do Líbano, Rafiq Hariri, denunciaram energicamente os atentados bombistas e expressaram choque e tristeza.

O chefe do governo libanês apelou por medidas drásticas para por fim a tais actos de terror; o presidente egípcio condenou todas as formas de violência num telefonema ao monarca espanhol; e o presidente sírio expressou profunda dor por aquilo que descreveu como actos criminosos e terroristas.

Jornais através do mundo árabe fizeram manchetes descrevendo o ataque terrorista, tendo alguns deles chamado a tragédia em Madrid, do 11 de Setembro de Espanha, numa alusão aos ataques de 2001 nos Estados Unidos.

Nenhum dos especialistas em terrorismo no mundo árabe contactados pela VOA manifestou vontade de especular sobre quem terão sido os autores dos ataques, afirmando haver ainda muito poucos detalhes para levantar hipóteses sobre a identidade dos perpetradores.

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