O presidente Mugabe disse a um grupo de pessoas no fim de semana que não interessa se os suspeitos são proeminentes empresários ou ate seus familiares. Eles serão presos, acrescentou, prosseguindo que mesmo aqueles que tenham fugido serão presos e julgados.
Isto foi uma referencia a um cada vez maior numero de directores de instituições financeiras que tem fugido do Zimbabwe, receando ser presos por alegadas mas condutas financeiras. O jornal estatal “Sunday Mail” informou da existência de um aumento de pedidos de vistos na Embaixada Britânica por directores de empresas receosos de serem alvos de investigações.
Alguns directores bancários estão sob suspeita de negociarem divisas estrangeiras a cotações do mercado negro.
A repressão sobre a corrupção começou no final do ano passado com a nomeação para governador do banco central de Gideon Gono, que prometeu limpar o sector financeiro. Desde então, alguns destacados directores de instituições financeiras foram presos, incluindo membros do partido ZANU-PF de Robert Mugabe.
No mês passado, Mugabe introduziu novos regulamentos ao abrigo dos quais uma pessoa suspeita de ter cometido crimes financeiros ou actos de corrupção pode ser presa sem um mandato de captura e detida e negada fiança ate 21 dias. O membro do comité central do partido de Mugabe e proeminente empresário, James Makamba, encontra-se detido desde 9 de Fevereiro por alegadamente não ter depositado correctamente moeda estrangeira em bancos zimbabueanos.
Um dos banqueiros que alegadamente se terá refugiado em Londres escreveu uma carta ao governador do banco central que foi publicada no semanário “The Tribune”, afirmando que ele e colegas seus não são fugitivos da justiça mas estão preocupados que devido aos novos regulamentos sejam considerados culpados ate provarem o contrario. Classificou as acusações contra o banco que dirigia como uma politicamente motivada caca às bruxas.(PF)