Irão captura militante sunita
No Irão as autoridades disseram ter apreendido o chefe de um grupo militante sunita durante uma operação no exterior do país, acrescentando que o detido tem ligações com os Estados Unidos.
A agência de notícias francesa citou uma destacada entidade americana como tendo descrito a acusação de totalmente falsa.
Os meios de informação iranianos disseram que as forças de segurança prenderam Abdol Malek Rigi quando este viajava do Dubai para o Kirguistão.
Rigi é o chefe do grupo Jundallah acusado de ter levado a cabo vários ataques mortíferos no irão.
Desconhece se como é que os agentes iranianos prenderam o militante no avião.
O chefe dos serviços secretos iranianos disse que Rigi esteve numa base americana 24 horas antes da sua captura e as autoridades americanas lhe tinham fornecido um passaporte afegão.
O Irão acusou no passado os Estados Unidos de financiarem a Jundallah.
Teerão e a troca de urânio
O Irão indicou estar na disposição de trocar urânio de baixo enriquecimento por combustível de maior teor, exigindo que a troca seja feita no seu território.
O governo iraniano apresentou a proposta num documento agora divulgado, sendo a primeira resposta formal à da Agencia Internacional de Energia Atómica no sentido de Teerão enviar o seu urânio para ser processado no estrangeiro.
No princípio deste mês, o Irão indicara ter dado inicio ao enriquecimento de urânio, um processo que as potências mundiais receiam possa permitir a Teerão construir uma arma nuclear.
Quénia e a partilha do poder
No Quénia os dirigentes do governo de unidade reuniram pela primeira vez desde a disputa pública que ameaçou destruir o frágil acordo de partilha de poder.
As autoridades indicam que o primeiro-ministro Raila Odinga e o presidente Mwai Kibaki reuniram antes da abertura oficial do parlamento.
Dirigentes dos diferentes partidos participaram na discussão bem como o presidente do parlamento Kenneth Marende.
A disputa centrou-se sobre se o primeiro-ministro tinha autoridade para suspender dois membros do gabinete cujos ministérios são acusados de corrupção.
Turquia: Conspiração militar?
As autoridades turcas estão a interrogar mais de 40 figuras militares, de alta patente, detidas devido a uma alegada conspiração de golpe militar para derrubar o governo.
Militares de alta patente, entre os quais, oficiais das forças aérea e naval, figuram entre os oficiais sujeitos ao interrogatório, na sequencia da descoberta da alegada conspiração.
A imprensa turca afirma que a conspiração, planeada em 2003, integra planos de desestabilização do governo colocando bombas nas mesquitas, assim como provocando a Grécia a fim de abater jactos militares turcos.
As detenções em massa assinalam tensões profundas entre o Partido Turco-Islamista de Justiça e Desenvolvimento, no poder, e os militares que se consideram a si próprios como sendo guardas tradicionais das tradições multi-seculares do país, tendo os militares na Turquia derrubado 4 governos nos últimos 50 anos.
Sudão oferece postos no governo
O Sudão disse que vai oferecer postos no governo aos rebeldes do Movimento de Justiça e Igualdade, de Darfur, como parte do acordo de paz.
O Presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, vai rubricar o acordo de cessar-fogo, em Doha, no Qatar, estando presente na cerimónia, o líder do Movimento, Kahmal Ibrahim.
A declaração emitida no Chade, no sábado último, afirma que o grupo rebelde assinou o acordo de cessar-fogo com o governo sudanês, com efeitos imediatos.
O cessar-fogo faz parte de um esforço abrangente de sete anos destinado a por fim ao conflito em Darfur em que morreram mais de 300.000 pessoas, deixando mais de 2 milhões doutras sem tecto.
Depois de ter sido anunciado o acordo, o líder sudanês revelou que iria cancelar as sentenças de morte dos prisioneiros do movimento rebelde, prometendo ainda libertar 30 por cento dos mesmos.
Mais de 100 rebeldes do Movimento de Justiça e Igualdade foram condenados a pena de morte pelo seu envolvimento no ataque a Cartoum, em 2008.