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RDC: Continuam os Ataques Contra Civis


As Nações Unidas revelaram que o Exército da Resistência do Senhor continua a atacar civis na Republica Democrática do Congo, apesar da recente ofensiva internacional contra aquele grupo rebelde ugandês.

Segundo dados do gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, aquele grupo rebelde matou uma centena de congoleses no mês de Janeiro.

Autoridades congolesas e ugandesas tem sublinhado que o Exército da Resistência do Senhor luta pela sobrevivência, mas as baixas civis continuam a aumentar.

Num diálogo telefónico desde Busia, na região leste da Republica Democrática do Congo, o director do gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários Jean Charles Dupin indicou à Voz da América que os rebeldes continuam a atacar os civis.

"Quando atacam as populações, assaltam as casas, pilham tudo. Estão a aterrorizar as populações. Encontram-se muito agressivos."

Dupin referiu que a violência tem continuado, apesar dos esforços internacionais para esmagar aquele grupo rebelde. Recentemente os governos do Uganda, do Congo e do sul do Sudão desencadearam uma ofensiva conjunta contra os rebeldes, mas os analistas sustentam que não conseguiu capturar ou matar o comandante do grupo Joseph Kony.

Sob a liderança de Kony, o Exército da Resistência do Senhor tem sido acusado de um número indeterminado de abusos contra civis, incluindo sequestro generalizado, violação, mutilação e assassinato.

Especialistas indicam que desde o seu inicio nos finais dos anos 80 o Exército da Resistência do Senhor raptou vários civis, particularmente crianças, para serem treinadas como combatentes. O tribunal criminal internacional emitiu mandatos de captura contra Kony e outros responsáveis do grupo.

O Exército da Resistência do Senhor não é o único elemento de terror contra a população congolesa, tendo as Nações Unidas referido que vários grupos de milícia, bem como soldados governamentais, têm sido acusados de importunar os civis.

Um recente estudo do Enough Project adianta que o exército congolês tem cometido vários casos de violação e violência sexual. Os soldados governamentais têm sido acusados de roubarem os civis e de perturbarem o fluxo da assistência às populações deslocadas internamente.

Os analistas sublinham que o recente ressurgimento da violência e a brutalidade dos assaltos do Exército da Resistência do Senhor pode ser uma forma de Joseph Kony dizer aos dirigentes internacionais que o seu grupo não está acabado.

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