Um violento abalo de terra voltou a sacudir hoje o Haiti, fazendo balançar os prédios e causando pânico enquanto prosseguiam as iniciativas internacionais de assistência.
Não se conhecem informações de novos danos do sismo com o grau de intensidade de seis vírgula um.
E isto enquanto dois jovens haitianos vitimas do tremor de terra inicial foram transportadas de helicóptero para o navio da marinha dos Estados Unidos COMFORT, ainda antes do navio ter chegado ao Haiti.
A chegada dos pacientes ocorreu mais cedo do que fora previsto, mas a equipa do COMFORT estava pronta para os acolher e tratar.
Os médicos fizeram rolar as macas desde o elevador directamente para a unidade de acolhimento. O processo decorreu com normalidade e precisão, numa demonstração da experiencia e da pratica do pessoal medico desta unidade hospital.
Numa das macas encontrava-se um jovem de vinte anos de idade com uma ferida na cabeça. Na outra maca, um jovem de seis anos com a bacia esmagada por tijolos durante o tremo de terra.
O comandante Shawn Safford – um cirurgião pediátrico – estava pronto para tratar o rapaz, pois tinha recebido informações de um médico que o já tinha operado abordo do porta-aviões Carl Vinson.
"Bem estamos a receber pilotos durante a noite. Estavam preocupados com o estado da criança. Segundo as regras os pilotos só voam para doentes em situação crítica, o que fez aumentar a nossa ansiedade. "
Segundo Safford existem vários especialistas a bordo e os melhores recursos existentes nos Estados Unidos encontram-se concentrados no navio hospital COMFORT.
O enfermeiro da marinha Yves Henry, nascido no Haiti, que serve de tradutor indica que o rapaz se chama Lionel.
Lionel chegou sem acompanhamento de adulto, o que coloca a possibilidade de ser órfão ou ter sido separado dos familiares embora tenha revelado o número de telefone do pai.
Após a avaliação, os dois doentes foram estabilizados e levados para a Unidade de Cuidados Intensivos para observação.
O comandante Tim Donahue director de cirurgia do Comfort, supervisiona os cuidados dos doentes bem como a capacidade da equipa do Comfort tratar dos primeiros doentes desta missão.
"Aquilo de gosto mais é que todos estão a trabalhar em conjunto. Este é o nosso primeiro exercício real. Treinamos, mas é bom entrar em acção."