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Cimeira de Copenhaga: Obama Faz Apelo de Última Hora


O presidente dos EUA, Barack Obama, juntou-se a líderes de mais de cem países do mundo para a sessão final da Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, que encerrou hoje os seu trabalhos em Copenhaga, na Dinamarca.

Dirigindo-se aquele fórum mundial, o presidente Obama exortou os líderes presentes para que pusessem de lado as suas divergências e para que concordassem na aprovação de um plano de acção.

Disse o presidente americano: "Depois de meses de conversações, depois de semanas de negociações, depois de inúmeros encontros à margem, de reuniões bilaterais, de horas infindáveis de debate entre os negociadores, estou em crer que o acordo esteja agora claro."

Os EUA tornaram explícitas as suas propostas para um plano que inclua acções decisivas ao nível nacional no sentido de reduzir os gases que produzem o efeito de estufa, para criar padrões transparentes para que se possa verificar o seu cumprimento e para se ajudar os países mais pobres afectados pelas mudanças climáticas.

Obama não ofereceu, porém, novas propostas para além daquelas que já se encontravam na mesa, incluindo os compromissos dos EUA de reduzir as emissões em 17 por cento até ao ano 2020 e em mais de 80 por cento até ao ano 2050, comprometendo-se também em cooperar com outros países no sentido de criar um fundo global de cem mil milhões de dólares até 2020 para ajudar os países em desenvolvimento.

O presidente Obama reconheceu que o plano não irá agradar a todos: "Podemos adoptar este acordo, dar um substancial passo em frente e continuar a refinar e a edificar a partir destas fundações".

Alguns países participantes manifestaram desapontamento por mais não ter sido conseguido nesta conferência. Entre os quais o primeiro-ministro do Lesoto, Pakalitha Mosisilli, que falou em nome dos países em desenvolvimento. Disse ele: "Dizer que estamos desapontados não é suficiente, particularmente depois de 24 meses de duras negociações e de intensas deliberações durante esta conferência e um acordo não pôde ser atingido no período de tempo legalmente necessário."

Persistiram dúvidas generalizadas de que seria ou não possível cumprir o prazo para que um novo acordo substituíssem o Protocolo de Kyoto. E há um reconhecimento tácito de que serão necessárias mais negociações para se atingir os objectivos desejados.

E para falar deste último dia de trabalho, o Sósimo Leal entrevistou Vladimir Russo, director Nacional do Ambiente de Angola, um dos delegados angolanos presentes nesta cimeira do clima. Ouça aqui ambos os trabalhos.


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