Responsáveis das Nações Unidas, especialistas em climatologia, activistas do meio ambiente e líderes de mais de 60 países estão reunidos em Copenhaga para uma conferência de duas semanas sobre mudanças climáticas, a abrir no dia 7 de Dezembro próximo. O objectivo da conferência é a de se obter um consenso para um acordo compulsório no combate aos efeitos de estufa. Mas há dúvidas se isto poderá acontecer.
A Conferência de Copenhaga é considerada como a última oportunidade para se chegar a um acordo sobre mudanças climáticas, apesar das dúvidas que existem se será de facto possível.
Espera-se que os grupos do meio ambiente pressionem a que sejam tomadas medidas imediatas tal como afirma Charlie Kronick, conselheira em questões climatéricas do Grupo Greenpeace, do Reino Unido:
"Devemos ter, o mais cedo possível, um acordo legalmente compulsório para a redução das emissões de gases carbónicos nos países em desenvolvimento. O que necessitamos é de um empenho significativo para que seja financiada a transferência de tecnologias de protecção das florestas, e de adaptação às mudanças climáticas, tal como temos prometido fazer até agora."
O objectivo é a redução dos efeitos de estufa responsáveis pelas altas temperaturas atmosféricas. Dado o facto das nações industrializadas terem sido desde sempre as mais responsáveis pela poluição atmosférica, elas, mais do que as outras, estão a ser pressionadas a reduzirem as suas emissões.
Mas muitos observadores afirmam que os países em desenvolvimento necessitam igualmente de fazer muito mais, necessitando da ajuda financeira para cumprirem a sua tarefa.
Ambos necessitam de trabalharem em conjunto" afirma Nick Nuttall, porta-voz do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente:
"O que tentamos conseguir em Copenhaga é uma parceria a nível global, entre o Norte e o Sul, entre as nações desenvolvidas e industrializadas e as suas congéneres em rápido crescimento, que se devem tornar parte desta parceria, a única forma para se resolver este problema."
Por outro lado, a maioria dos cientistas afirma que acções humanas são responsáveis pela deterioração do meio ambiente, sendo por isso os humanos que devem mudar o seu comportamento.
Todavia, os governos e líderes políticos através do globo, despende as suas verbas durante os mandatos no poder, sem olhar para o futuro, esquecidos de que um problema não resolvido hoje, tornar-se-á mais dispendioso para resolver no futuro.
A Conferencia de Copenhaga vem no rescaldo da sua congénere de Kyoto, em 1997,durante a qual as partes envolvidas assinaram o chamado Acordo de Kyoto que estipula a redução compulsória das emissões de gases carbónicos responsáveis pelos efeitos de estufa. O Acordo de Kyoto expira em 2012,afirmando alguns críticos que Kyoto fracassou devido ao facto dos Estados Unidos nunca terem assinado ou aderido a sua letra.
Mas o Presidente Obama estará presente em Copenhaga, tendo os Estados Unidos patrocinado a integração da questão de gases na agenda da conferência.
Resta saber se os políticos através do globo irão ouvir e cumprir.