A contagem preliminar dos resultados das eleições da semana passada, na Namíbia, mostra que, quando são contados apenas um quarto dos votos, o Partido do Povo do Sudoeste Africano, SWAPO, parece encaminhar-se para uma vitória esmagadora, tendo angariado ate aqui 70 por cento dos votos contados. Mas o novo partido da oposição, Convenção para a Democracia e Progresso, não deixa de registar progresso, ainda com cerca de 10 por cento dos votos.
A tendência começou a surgir no quarto dia da contagem dos votos das eleições nacionais da semana passada, parecendo que a SWAPO, partido no poder, se encaminhava para uma vitória esmagadora.
O líder da equipa dos observadores do Parlamento Pan-Africano, Ambrose Dery, do Ghana, disse que o processo foi acompanhado de irregularidades, mas que não afectaram os resultados na sua generalidade.
"Acima de tudo, tendo em vista o envolvimento da polícia namibiana, que todos os interessados na partilha consideram como sendo muito independente do controlo do governo, e ainda o facto da mesma polícia estar representada em todas as estacões do voto, envolvida em várias fases do processo eleitoral, chegamos à conclusão de que a eleição foi livre,j usta e credível", disse
O observador pan-africano afirmou, todavia, que a sua equipa registou numerosos problemas, tais como, a lista dos registos que continha muitos erros e irregularidades.
Por outro lado, a cobertura da eleição pela imprensa mostrava-se muito a favor do partido no poder, tendo-se registado vários casos de intimidação dos eleitores. Apenas dois partidos mais importantes tiveram representação em todas as estacões de voto.
Disse que um novo processo permitia que os eleitores fossem votar em estacões diferentes daquelas em que estavam registados, provocando confusão e grandes atrasos na contagem dos votos.
Por seu turno, os observadores da União Africana e da SADC, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, emitiram avaliações semelhantes.
Espera-se que o Presidente namibiano, Hifikepunye Pohamba, candidato da SWAPO, ganhe o segundo mandato de cinco ano.
Mas o novo partido, Convencao para a Democracia e Progresso, registou grande progresso, esperando-se que venha a ser o maior partido da oposição.
O Partido da Convenção foi formado há apenas dois anos pelo ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Hidipo Hamutenye, que perdeu a corrida para a liderança do Partido do Povo do Sudoeste Africano, Swapo.
