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Angolagate: Angola 'Estupefacta'  com Decisão de Tribunal Francês


Angola reagiu hoje às condenações em Paris de diversas personalidades acusadas de tráfico de armas para Angola.

Entre os condenados figura o representante de Angola na Unesco, Pierre Falcone

Num comunicado o governo angolano mostrou-se surpreendido com a decisão do tribunal e indicou que o processo se deve ao facto do serviços secretos franceses se quererem vingar da derrota da UNITA na guerra civil no pais.

Angola afirma não ter existido na altura qualquer embargo internacional contra a aquisição de armas pelo Governo legítimo de Angola e estas foram adquiridas por Angola num negócio perfeitamente lícito entre dois Estados soberanos.

No total, foram julgadas 42 pessoas, entre empresários, diplomatas, um antigo ministro e um filho de um ex-Presidente da República, envolvidos no comércio de armas, provenientes do antigo bloco soviético para Angola, no período compreendido entre 1993 e 1998.

Além de Pierre Falcone, foram também condenados o antigo ministro do Interior francês Charles Pasqua e Jean-Christophe Mitterrand, filho do antigo Presidente François Mitterrand.

O empresário israelita de origem russa Arcadi Gaydamak, actualmente refugiado na Rússia ou Kazaquistão, condenado à semelhança de Falcone a seis anos de prisão efectiva, foi julgado à revelia.

A justiça francesa considerou provado que os dois homens venderam armas a Angola sem autorização prévia do Estado francês.

O comércio de armas alegado pelo tribunal ascendeu a 790 milhões de dólares (626 milhões de euros).

Cerca de 30 cidadãos angolanos chegaram a ser referenciados no processo de instrução para o julgamento, mas nenhum compareceu perante o tribunal correccional de Paris.

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