No Cairo (Egipto), muitos se espantaram com a decisão, com alguns dizendo que Obama era apenas presidente há menos de um ano, e que não era usual para um presidente tão jovem ganhar o prémio da paz.
O antigo ministro egípcio dos negócios estrangeiros e secretário da Liga Árabe, Abdel Meguid, e que durante anos esteve envolvido nas negociações de paz, diz que o prémio a Obama parece ser um desenvolvimento positivo para a paz no Médio Oriente.
"Quero dizer que achamos que Obama conseguiu fazer muito pelo seu país e pelo mundo e que merece o que agora lhe é concedido. É uma decisão muito positiva que poderá levar a uma maior compreensão e melhor relações entre os Estados Unidos e outros países, incluindo o Egipto. "
No Líbano, conhecido pelos seus períodos de instabilidade nos últimos anos, Paul Haidostian, presidente da universidade de Haigazian, acredita que o Nobel para Obama é um passo na direcção certa e um sinal positivo para o futuro.
"Surpreendi-me inicialmente porque usualmente espera-se que o prémio seja atribuído a pessoas mais idosas, com mais experiência no processo de paz. Mas olho para a atribuição ao presidente Obama como um sinal para o futuro, como um reconhecimento pelo que fez até agora. É uma promessa de que o presidente Obama fará o seu melhor quanto à política americana para o médio Oriente e para o processo de paz."
Na vizinha Arábia Saudita, importante parceiro bem como força moral no mundo árabe e islâmico, a notícia foi recebida com uma alegria calma.
Jamal Khashoggi, que edita e publica o influente diário Al Watan, nota que Obama ganhou o prémio pelas suas aberturas ao mundo árabe e islâmico, e especialmente pelo seu discurso de Junho na Universidade do Cairo.
"É um bom sinal e um sinal claro para um presidente receber um Prémio Nobel antes mesmo de completar o seu primeiro ano de mandato. Mas o seu discurso no Cairo foi um bom início para a paz. Não apenas falou dos interesses israelitas, como é normal os presidentes americanos fazerem, como falou das preocupações e dos direitos dos palestinianos. E não apenas palestinianos, ele falou mesmo do Hamas. E isso foi muito bom. Eu estava no Cairo e fiquei muito bem impressionado. É um muito bom passo. Só espero que o Hamas e os outros no campo palestiniano entendam isso."
A popular estação de televisão saudita Al Arabiya interrompeu a sua programação regular para anunciar a atribuição do prémio ao Presidente Obama e disse que ele tinha "dado muitos passos para reaproximar (os Estados Unidos) ao mundo árabe e islâmico."