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EUA Retiram Pessoal Diplomático de Conackry


Os EUA ordenaram que todo o pessoal não-essencial da sua embaixada na Guiné-Conackry para que abandone o país, na sequência dos sangrentos acontecimentos desta semana.

Por outro lado, o Departamento de Estado publicou um comunicado em que exorta os seus cidadãos a evitar viajar para a Guiné-Conackry devido à situação de insegurança e ao facto da embaixada dos EUA naquele país poder ser encerrada.

Entretanto, na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU expressou a sua preocupação acerca do elevado número de mortos provocados pela intervenção dos militares que reprimiram uma manifestação anti-governamental na capital da Guiné-Conacky. O Conselho de Segurança foi formalmente informado, na quarta-feira acerca da situação, durante uma sessão à porta fechada, pelo secretário-geral assistente da ONU para as questões políticas, Hailé Menkerios.

Depois daquela sessão, a embaixadora americana junto da ONU, Susan Rice, que preside ao Conselho este mês, disse a jornalistas que aquele órgão da ONU expressou "a sua mais profunda preocupação" face às notícias dos mortos e dos feridos ocorridos, bem como das violações sexuais que ocorreram nas ruas de Conackry. Disse Rice: "Os membros do Conselho exortaram as autoridades da Guiné-Conackry para que, sem demora, ponham fim à violência e apresentem à justiça os autores da violência, para que libertem todos os prisioneiros políticos, os líderes da oposição, bem como os indivíduos a quem tem sido negada justiça ao abrigo da lei, restaurando a lei, a democracia e a ordem constitucional através das eleições marcadas para 2010".

As forças de segurança da Guiné-Conackry são acusadas de terem atacado uma multidão de cerca de 50 mil pessoas que se tinham reunido num estádio de Conackry, na segunda-feira, para protestar contra a podssível candidatura do capitão Mussá Dadis Camará à presidência.

Camará assumiu o poder na sequência de um golpe militar, em Dezembro do ano passado, depois da morte do presidente Lansana Conté.

A embaixadora Rice afirma que o Conselho de Segurança apoia as posições públicas de condenação já assumidas pela CEDEAO e pela União Africana.

Susan Rice sublinhou que a União Africana está a preparar um relatório sobre os acontecimentos da Guiné-Conackry prevendo a eventual aplicação de sanções. A CEDEAO apelou também para um completa investigação sobre os acontecimentos.

Tanto o Conselho de Segurança como o secretário-geral da ONU, Ban Ki moon, apelaram ao Conselho Nacional liderado por Camará deve respeitar o seu anterior compromisso de não apresentar candidatos às próximas eleições.

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