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Grupo G 20 - Coordenar Economia Mundial


Os Estados Unidos anunciaram que o grupo das nações que integram o grupo dos Gê Vinte, e que incluiu as economias da Índia, da China, da Indonésia, e da Coreia do Sul, vai substituir os Gê Oito na coordenação da economia mundial.

Os Gê Oito representam apenas as economias mais desenvolvidas da América do Norte, da Europa, o Japão e a Rússia.

Os economistas asiáticos sustentam que esta modificação reflecte o crescente poder económico da região mas impõe ao mesmo tempo maior responsabilidade.

Os economistas asiáticos consideram que a designação do Grupo dos Vinte das principais economias emergentes para grupo permanente para coordenar a economia mundial vai ter, de imediato, pouco impacto.

Hadi Soesastro, economista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Jacarta, considera que não irá alterar drasticamente o equilíbrio do poder económico no mundo.

´´Sejamos honestos. A agenda dos Gê Vinte continua a ser dominada pelas maiores economias europeias e os Estados Unidos. O leste asiático ainda não se afirmou.``

David O´Rear, economista chefe da Câmara do Comercio de Hong Kong, adianta que a alteração não reflecte o crescente poder económico da China e das outras economias asiáticas.

´A curto prazo, não vejo como possam trazer alteração significativa. Certamente, a longo prazo, vai reconhecer que a China é uma economia muito, muito grande e deverá integrar o poder de decisão da arquitectura financeira e económica mundial.`

Os Gê Vinte foram criados em 1999 como grupo consultivo, a nível ministerial, após a crise financeira asiática. Foi apenas o ano passado que, pela primeira vez, se reuniram os dirigentes do grupo.

Muitas das nações em desenvolvimento se queixam que a crise foi criada pela má administração do sistema financeiro nos maiores países desenvolvidos. Argumentam que por causa disso as respectivas economias sofreram e por isso devem ter uma maior participação na forma como funciona o sistema financeiro global.

Um papel mais destacado dos Gê Vinte implica que os países membros continuem a cooperar mesmo depois da crise financeira terminar.

O grupo considera ainda em que seja dado mais poder de voto aos países em desenvolvimento no Fundo Monetário Internacional, instituição que supervisiona aspectos do sistema financeiro global.

Soesastro sublinha que o novo poder implica novas responsabilidades.

`Existe muita expectativa de países como a China e a Índia não apenas devido ao recente desempenho económico, como ainda pela dimensão das respectivas economias, que tenham um maior desempenho global.´

O mesmo especialista salienta que se vai assistir ao aumento da pressão sobre as nações asiáticas em questões como a redução das emissões de carbono, a redução dos subsídios aos combustíveis e o fim das políticas proteccionistas nas trocas comerciais.

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